Economia

Trabalhadores na França fazem greve contra reformas de Macron

ÀS SETE - Entre as demandas estão reajuste salarial e reduções de impostos, e o fim da pauta reformista do governo francês

França: uma das principais empresas públicas do país, a operadora de trens SNFC, deu o pontapé no movimento

França: uma das principais empresas públicas do país, a operadora de trens SNFC, deu o pontapé no movimento

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2018 às 06h48.

Última atualização em 3 de abril de 2018 às 07h11.

A França amanheceu parcialmente paralisada. Trabalhadores dos setores de aviação, transporte público, coleta de lixo e eletricidade entram em greve, nesta terça-feira.

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Entre as demandas estão reajuste salarial e reduções de impostos, e o fim da pauta reformista do governo de Emmanuel Macron, que desde que assumiu, no ano passado, tem levado adiante uma grande quantidade de mudanças para tentar devolver dinamismo à economia francesa.

Sua principal justificativa é que o país é uma das poucas economias europeias que não conseguem reduzir as taxas de desemprego em maiores volumes. No final de 2017, 8,9% dos trabalhadores franceses estavam desempregados..

Uma das principais empresas públicas do país, a operadora de trens SNFC, com dívidas que somam 100 bilhões de euros, deu o pontapé no movimento.

Responsável pela exploração comercial dos serviços de transporte ferroviário de passageiros e de mercadorias e também encarregada da exploração e da manutenção da rede férrea nacional francesa, a SNFC viu sua estrutura abalada quando a agenda reformista do presidente Emmanuel Macron propôs o fim do emprego vitalício aos seus funcionários e sua transformação em sociedade anônima.

As atividades da companhia foram paralisadas na noite de segunda-feira. A greve tem um conceito novo de paralisação, com uma parada de dois dias a cada cinco, totalizando 36 dias de paralisação alternados até o final de junho.

Funcionários de companhias aéreas francesas, coletores de lixo e a Federação Nacional de Minas e Energia confirmaram a adesão à paralisação. Estudantes contrários a uma lei que modifica o acesso à universidade por meio de um sistema de seleção também se manifestarão nesta terça-feira.

Os quatro maiores sindicatos do país –  CGT (Confederação Geral do Trabalho), UNSA (União Nacional dos Sindicatos Autônomos ), CFDT (Confederação Francesa Democrática do Trabalho) e a SUD-Rail (Sindicato Solidários) – são os organizadores da greve da SNCF. Encará-los será o primeiro passo para Macron resolver a crise no país. Ele já deixou claro que sua agenda de reformas não vai voltar atrás.

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