Banco Central: investidores aguardam a divulgação da ata dessa reunião para terem mais pistas sobre a condução da política monetária (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 16 de janeiro de 2017 às 09h14.
Última atualização em 16 de janeiro de 2017 às 09h15.
São Paulo - Os economistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central passaram a ver a taxa básica de juros em um dígito neste ano depois de o BC ter reduzido a Selic a 13 por cento.
O levantamento divulgado nesta segunda-feira apontou que a expectativa é de um afrouxamento monetário ainda maior em 2017, com a Selic indo a 9,75 por cento, sobre 10,25 por cento projetado anteriormente.
Para a reunião de fevereiro, a expectativa é de um corte de 0,50 ponto na Selic, atualmente em 13 por cento, reduzindo o ritmo do afrouxamento depois de o Copom ter na semana passada promovido um corte de 0,75 ponto.
Os investidores aguardam agora a divulgação da ata dessa reunião para terem mais pistas sobre a condução da política monetária.
Para 2018 a pesquisa aponta que a Selic deve terminar a 9,50 por cento, abaixo dos 9,63 por cento previstos antes na mediana das projeções.
Já o Top-5, que reúne as instituições que mais acertam as previsões, projeta a taxa básica de juros ainda mais baixa este ano, a 9,50 por cento, contra 10 por cento antes. Para 2018 a conta também foi reduzida, a 9,50 por cento de 10,25 por cento.
A expectativa para a atividade econômica brasileira permanece sendo de uma expansão de 0,5 por cento em 2017, melhorando a 2,20 por cento em 2018. Nesse caso, entretanto, houve redução ante a estimativa anterior de crescimento do Produto Interno Bruto de 2,30 por cento.
Os economistas consultados realizaram ainda um leve ajuste na expectativa para a inflação deste ano, projetando a alta do IPCA em 4,80 por cento, 0,01 ponto percentual a menos do que na semana anterior, perto do centro da meta, de 4,5 por cento, mas com banda de 1,5 ponto.
Para 2018 a mediana das projeções aponta inflação de 4,5 por cento.
Em 2016, a inflação fechou com alta de 6,29 por cento,voltando a ficar dentro da meta do governo --de 4,5 por cento, com tolerância de 2 pontos percentuais-- depois de ter estourado o objetivo em 2015.