Economia

Tombini repete esforço do BC em levar inflação à meta

De acordo com Tombini, "a política monetária no contexto atual deve se manter especialmente vigilante"


	Alexandre Tombini: presidente do Banco Central falou que "o ritmo de crescimento em 2014 deve se manter em patamar próximo ao do ano passado"
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Alexandre Tombini: presidente do Banco Central falou que "o ritmo de crescimento em 2014 deve se manter em patamar próximo ao do ano passado" (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 15h36.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quarta-feira, 12, que em relação à inflação a instituição "tem agido para assegurar sua convergência à trajetória de metas e que os efeitos da política monetária são cumulativos e se manifestam com defasagens". De acordo com Tombini, "a política monetária no contexto atual deve se manter especialmente vigilante".

Tombini falou que "o ritmo de crescimento em 2014 deve se manter em patamar próximo ao do ano passado".

Ele também ressaltou que o avanço do investimento, sobretudo em logística e infraestrutura, somado a esforços de qualificação da mão-de-obra "deve-se traduzir em ganhos de produtividade para a economia brasileira".

Destacou, ainda, que a expansão do PIB em 2013 foi marcada por uma mudança na composição da demanda, "com ampliação dos investimentos e moderação do consumo das famílias".

O presidente do BC ressaltou ainda que, em meio ao período de transição no cenário externo, o Brasil tem robustos fundamentos econômicos e financeiros.

"Os fluxos de investimento estrangeiro continuam fortes. Em fevereiro, houve ingresso líquido de US$ 9,2 bilhões de capitais estrangeiros (em renda fixa, bolsa e IED). E tais fluxos continuam fortes nos primeiros dias úteis de março", comentou. Segundo ele, o Brasil tem respondido a este período de transição e maior volatilidade nos mercados financeiros "de forma clássica, com ajuste de políticas macroeconômicas e flexibilidade cambial".

Disse que o mundo passa por período de transição, com perspectiva de maior crescimento econômico e intensificação do comércio internacional. Afirmou que essa transição tem sido liderada pela recuperação dos EUA e implica em uma transição gradual de volta à normalidade das condições monetárias internacionais e, consequentemente, o realinhamento dos preços relativos de ativos financeiros.

"O aumento da volatilidade nos mercados internacionais é reflexo deste processo de realinhamento de preços relativos - fenômeno que não deve ser confundido com vulnerabilidade", afirmou. O presidente do BC fez os comentários durante palestra para investidores, na Conferência Macroglobal no Brasil, promovida pelo banco Goldman Sachs, em São Paulo.

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