Economia

Tombini: regime de metas de inflação serve bem ao país

Durante audiência na Câmara dos Deputados, Alexandre Tombini considerou que as metas ajudaram a garantir a estabilidade da economia brasileira nos últimos anos

Alexandre Tombini, presidente do BC, defendeu a expansão do crédito (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Alexandre Tombini, presidente do BC, defendeu a expansão do crédito (Antônio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2011 às 13h20.

Brasília - O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (5) que o regime de metas para a inflação “tem servido bem” ao Brasil. Segundo ele, esse sistema permite coordenar as expectativas e, dessa forma, ajuda no planejamento e nas decisões de consumo.

Para este ano, a meta de inflação é 4,5%, com margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. Cabe ao BC perseguir essa meta e, para isso, usa como principal instrumento a taxa básica de juros, Selic. Essa taxa é elevada quando o BC considera que a economia está aquecida e que a inflação tem trajetória de alta.

“Afora alguns períodos em que de fato a inflação escapava, esse regime permite que o Banco Central consiga trazer a inflação de volta. Ao longo do tempo, esse regime tem contribuído para a estabilidade macroeconômica do país”, disse, em audiência na Câmara dos Deputados.

Tombini destacou ainda que, desde 2001, as taxas de juros de mercado têm baixado e os juros reais (descontada a inflação) também estão em declínio.

O presidente do BC disse ainda que o governo tem o objetivo de ampliar ao longo do tempo a oferta e o acesso da população ao crédito e ao sistema financeiro, com regulação prudencial. “A ideia é procurar garantir a expansão de crédito, sem comprometimento da estabilidade financeira.”

Tombini destacou que, quanto mais pessoas tiverem acesso ao sistema financeiro, maior será a eficácia da política monetária (ajustes na taxa Selic). “No ciclo de aperto monetário [aumento da Selic] que estamos, cria-se um incentivo para o poupador que terá maior rendimento nas aplicações financeiras”, defendeu.

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