Alexandre Tombini destacou que o governo adotou um conjunto de medidas em 2011, sobretudo na área de política monetária, para estimular o nível de atividade (Álvaro Motta/Veja)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2012 às 06h33.
Tóquio - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que economistas de mercado ponderam que o Brasil deve crescer 4,3% no segundo semestre e 4% em 2013, o que são previsões em linha com as projeções realizadas pelo FMI na semana passada. O Fundo reduziu as projeções de expansão do Brasil de 2,5% para 1,5% em 2012 e de 4,6% para 4% para o próximo ano.
Tombini destacou que o governo adotou um conjunto de medidas em 2011, sobretudo na área de política monetária, para estimular o nível de atividade. A partir de 31 de agosto, o BC iniciou um ciclo de redução da Selic que a levou atualmente para a marca de 7,25%, uma redução de 5,25 pontos porcentuais no período. Além disso, ele destacou que o BC ampliou a liquidez do mercado, pois os depósitos compulsórios foram reduzidos de R$ 449 bilhões no ano passado para R$ 353 bilhões em outubro de 2012. Segundo o presidente do BC, contudo, devido à vigorosa magnitude da crise internacional pode ser que esteja tornando mais lenta a recuperação da economia em função das ações de incentivo adotadas pelo governo para o incremento dos investimentos e consumo das famílias.
Como resultado das medidas monetárias e fiscais que o governo adotou nos últimos trimestres para fortalecer a demanda agregada, Tombini destacou que a indústria no Brasil entrou no segundo semestre com estoques menores do que no início deste ano. Segundo ele, com todas as medidas adotadas de magnitude monetária e fiscal, "já demonstra consistência" a recuperação do nível de atividade. "A economia deve gerar velocidade de crescimento de 4% ou mais no segundo semestre", destacou. "Estímulo à economia pode operar com defasagens de tempo maiores", disse. Ele fez os comentários ao participar de seminário promovido pela Câmara Brasileira de Comércio no Japão.