O ministro teria reiterado que o ciclo econômico atual do Brasil terá continuidade nos próximos anos (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 21h36.
Brasília - Durante a reunião ministerial que ainda acontece na noite desta segunda-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país deve se acelerar ao longo do ano, segundo informou o porta-voz da Presidência, Thomas Traumann.
A previsão de expansão da economia do BC para este ano é de 3,5 por cento e, para 2011, é de 3 por cento.
"(Tombini) afirmou que o crescimento do PIB deve se acelerar ao longo do ano... sobretudo no segundo semestre, com a inflação em trajetória descendente e rumo ao centro da meta", disse Traumann.
A reunião, que é comandada pela presidente Dilma Rousseff, segue no Palácio do Planalto.
Tombini fez análise de que a situação econômica na Europa deve permanecer estável. Já nos Estados Unidos, o cenário deve melhorar e a China vai ter um crescimento inferior em 2012, disse o porta-voz.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também fez um relato do cenário econômico. Segundo o porta-voz, Mantega definiu as condições de desenvolvimento sustentável da economia brasileira.
Dentre os pontos, estão um crescimento anual médio acima de 4 por cento, forte recuperação do emprego, distribuição de renda, criação de oportunidades, especialmente nas áreas de saúde e educação, desenvolvimento regional e criação de mercado de massas.
"(Mantega) previu que o Brasil vai ser um dos poucos países do mundo que vai crescer mais do que ano passado, apesar das condições econômicas internacionais muito desfavoráveis", disse Traumann.
O ministro teria reiterado que o ciclo econômico atual do Brasil terá continuidade nos próximos anos, e ressaltou o aumento da confiança da população e dos investidores.
Segundo assessores que participam da reunião, Mantega afirmou ainda que o investimento no país irá crescer dos atuais 19,5 por cento do PIB para 24 por cento até 2014.
Ele citou, segundo um assessor que falou sob condição de anonimato, como exemplo o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", que jogou no mercado um valor de 37,2 bilhões de reais em 2011 e está estimado para chegar a 41,3 bilhões de reais em 2012.
No início da reunião, Dilma fez uma exposição de 30 minutos, na qual determinou a criação de um monitoramento online da execução de todos os programas do governo, que deverá estar pronto em até seis meses.
O argumento da presidente é que a classe média ficou maior e é mais exigente com a qualidade dos serviços públicos prestados.
"Isso é parte de um projeto revolucionário, progressista e absolutamente indispensável para a verdadeira reforma do Estado. Não através da demissão de servidores ou da perda de direitos previdenciários mas através da gestão de um Estado mais profissional e meritocrático", disse Dilma, segundo seu porta-voz.
A reunião ainda terá apresentações da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do secretário-executivo da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.