Appy: debate e votação do novo arcabouço fiscal não deve atrapalhar a tramitação da reforma tributária sobre o consumo na Câmara dos Deputados (Fecomercio/UMBrasil/Divulgação)
Agência de notícias
Publicado em 12 de abril de 2023 às 13h19.
Última atualização em 12 de abril de 2023 às 13h24.
O secretário extraordinário do Ministério da Fazenda para a reforma tributária, Bernard Appy, disse nesta quarta-feira, 12, que todos os países têm regimes especiais para operações com bens imóveis e tratamento diferenciado na tributação de serviços financeiros. Segundo ele, ambas as propostas em tramitação no Congresso contemplam essas questões.
"Parte dos serviços financeiros é prestada sob a forma de margem como, por exemplo, o spread numa operação de crédito. De quando você cobra um serviço sob a forma de margem, você não consegue alocar o imposto em operação por operação, como é o caso do IVA. Esse regime diferenciado não necessariamente é favorecido, mas diferente", afirmou o secretário, em evento organizado pelo Correio Braziliense.
Appy destacou que decisões políticas podem conferir outros regimes favorecidos na reforma tributária.
A PEC 110 tem um dispositivo genérico dizendo que uma lei complementar irá definir os setores com regimes favorecidos.
Já PEC 45 tem uma lista de setores que poderiam ter tratamento favorecido por 12 anos, incluindo saúde, educação, produtos agropecuários, transporte público de passageiros, transporte de cargas e entidades beneficentes.
"Não necessariamente tratamento favorecido significa ter alíquota menor. Há formas diferentes de se fazer isso, incluindo regras diferentes de creditamento, isenção ou sistema de devolução de imposto", completou o secretário.