Economia

Testamento de Augusto Pinochet é aberto no Chile

O último testamento de Pinochet, escrito em 2000, estava sob sigilo e a família de Pinochet queria que ele permanecesse desta forma

O corpo do general Augusto Pinochet durante o seu velório em dezembro de 2006 na Escola Militar de Santiago
 (David Lillo/AFP)

O corpo do general Augusto Pinochet durante o seu velório em dezembro de 2006 na Escola Militar de Santiago (David Lillo/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2012 às 21h02.

Santiago - Autoridades chilenas abriram o testamento preparado pelo ex-ditador Augusto Pinochet antes de sua more, mas o documento não forneceu qualquer pista sobre sua a fortuna.

O último testamento de Pinochet, escrito em 2000, estava sob sigilo e a família de Pinochet queria que ele permanecesse desta forma. A abertura foi solicitada pelo Conselho de Defesa do Estado, que quer recuperar recursos desviados pelo ex-ditador.

O tabelião encarregado da abertura do testamento disse aos jornalistas em Santiago nesta quarta-feira que o ex-homem forte do Chile deixou 62,5% de seus bens para sua viúva e o restante foi dividido entre seus filhos, netos e bisnetos. Mas não há informações sobre o tamanho ou a localização de seus bens.

"O testamento faz referência à distribuição de bens sem especificar nada registrado sob o nome de Augusto Pinochet", disse o tabelião Humberto Quezada.

Pinochet governou o Chile entre 1973 e 1990 e a seguir tornou-se "senador vitalício". Ele morreu sob prisão domiciliar, sem nunca ter sido julgado pelas acusações de enriquecimento ilícito e violações dos direitos humanos.

Segundo um estudo acadêmico encomendado pela Suprema Corte do Chile estimou que o ditador acumulou bens no valor US$ 21 bilhões antes de morrer e que apenas US$ 3 milhões seriam justificados por seu salário como militar. As informações são da Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaChileDitaduraHistória

Mais de Economia

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade