Economia

Não há dificuldade para financiar dívida, diz Mantega

Afirmação vem um dia após anunciar redução a zero da alíquota do IOF sobre o ingresso de recursos estrangeiros para aplicação em renda fixa


	Mantega: "Tesouro não está com dificuldade. Estamos financiando muito bem a dívida brasileira, com tranquilidade", disse
 (Antonio Cruz/ABr)

Mantega: "Tesouro não está com dificuldade. Estamos financiando muito bem a dívida brasileira, com tranquilidade", disse (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 10h53.

Brasília - O Tesouro Nacional não está com dificuldade para financiar a dívida brasileira, afirmou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quarta-feira, um dia após anunciar redução a zero da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o ingresso de recursos estrangeiros para aplicação em renda fixa.

"O Tesouro não está com dificuldade. Estamos financiando muito bem a dívida brasileira, com tranquilidade... Não há nenhum problema dessa natureza", disse Mantega a jornalistas ao chegar ao Ministério da Fazenda.

A medida anunciada por Mantega na terça-feira busca adequar o país à perspectiva de menor liquidez internacional, e deve impulsionar a entrada de dólares, diminuindo a tendência recente de valorização da moeda norte-americana ante o real.

O dólar abriu em forte queda de quase 2 por cento ante o real no pregão desta quarta-feira. Às 10h35, o movimento perdia intensidade, com a divisa norte-americana caindo 0,32 por cento, em torno de 2,12 reais.

"A medida é de longo prazo. Queremos deixar livre para aplicações em renda fixa, títulos do governo brasileiro. Na verdade já havia aplicações, mas tínhamos diminuído muito sua rentabilidade com IOF de 6 por cento", disse Mantega.

"Hoje não faz muito sentido, porque não há todo esse fluxo e porque a rentabilidade caiu na medida em que a taxa de juros é bem diferente de quando estabelecemos essa medida em outubro de 2010", completou o ministro, reiterando que a decisão não tem como pano de fundo tentar reduzir o impacto do câmbio na inflação.

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