Coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, comenta os resultados do Relatório Mensal da Dívida Pública (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2013 às 17h46.
Brasília - O Tesouro Nacional informou nesta quinta-feira que recomprou o equivalente a 2,192 bilhões de dólares em bônus emitidos no exterior com vencimentos entre 2017 e 2030, usando parte dos novos bônus emitidos na véspera como forma de pagamento.
Ao todo, o país emitiu 3,25 bilhões de dólares em novo Global com vencimento em janeiro de 2025, sendo que, desse total, 1,55 bilhão de dólares serão liquidados com pagamento em dinheiro.
O restante de 1,7 bilhão de dólares será liquidado com a troca dos títulos antigos que o Tesouro resolveu adquirir de volta. Outros 500 milhões de dólares serão desembolsados em dinheiro para a recompra dos bônus já existentes.
Antes, o Tesouro havia informado que pretendia recomprar até 12,591 bilhões de dólares em nove títulos com vencimento variando de 2017 a 2030.
O secretário do Tesouro, Arno Augustin, chegou a explicar na véspera que essas operações tinham a finalidade de melhorar a curva de juros dos papéis brasileiros e que o havia "objetivo qualitativo".
O Tesouro ainda, nesta quinta-feira, confirmou que emitiu mais 50 milhões de dólares no mercado asiático dos novos bônus Global 2025, depois de levantar 3,2 bilhões de dólares em outros mercados na véspera.
Com a operação, os novos títulos globais vieram com yield (rendimento) de 4,305 por cento ao ano, o que representa spread de 180 pontos básicos sobre Treasuries norte-americanos. Trata-se do maior spread visto em títulos de dez anos desde 2009, quando estava em 195 pontos.
Esta foi a segunda emissão externa do ano feita pelo governo brasileiro. Em maio, o Brasil lançou Global 2023 no valor total de 800 milhões de dólares, com rendimento de 2,75 por cento.