Dívidas: nos cinco primeiros meses, o Tesouro já precisou bancar R$ 1,36 bilhão em pagamentos de empréstimos (Luciano Marques/Thinkstock)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de junho de 2018 às 17h02.
Última atualização em 15 de junho de 2018 às 17h02.
Brasília - O Tesouro Nacional honrou em maio R$ 594,1 milhões em garantias de empréstimos após o calote de Estados e municípios que contrataram as operações.
A maior parte dos desembolsos (R$ 586,46 milhões) ocorreu devido ao não pagamento de suas dívidas pelo Estado do Rio de Janeiro, que está protegido pelas condições do regime de recuperação fiscal (RRF).
O RRF prevê que o Estado pode deixar de pagar suas dívidas com a União e com instituições financeiras por até três anos. No caso de débitos com terceiros, o Tesouro honra o pagamento no lugar do Estado, que ganha tempo para reequilibrar suas contas até poder saldar esses valores.
Além do Rio de Janeiro, também deram o calote em maio o Estado de Roraima (R$ 5,46 milhões) e o município de Natal (R$ 2,18 milhões).
Nos cinco primeiros meses deste ano, o Tesouro já precisou bancar R$ 1,36 bilhão em pagamentos de empréstimos que deixaram de ser quitados pelos Estados e municípios.
Desde 2016, quando os Estados e municípios em crise começaram a dar o calote, o Tesouro já teve que desembolsar R$ 7,8 bilhões no lugar desses entes.
Quem tem os débitos honrados pelo Tesouro fica impedido de contratar novas operações com garantia da União por um ano. Essa vedação se aplicará, portanto, a Roraima e Natal até maio de 2019. O Rio fica livre da proibição por conta das condições especiais do RRF.