Tesouro Nacional: volumes de recompra têm sido sempre maiores que o volume de emissão de papéis (Sergio Moraes/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de junho de 2018 às 17h48.
Brasília - O subsecretário de Dívida Pública do Tesouro Nacional, José Franco Morais, disse nesta sexta-feira, 8, que o órgão mudou sua estratégia de atuação no mercado por ter percebido que havia interesse de investidores em comprar títulos públicos.
Até a quarta-feira, 6, o Tesouro vinha atuando apenas em leilões de recompra de títulos, mas desde a quinta-feira, 7, vem também colocando papéis para suprir a demanda desses investidores.
Franco ressaltou, porém, que esses leilões são assimétricos, ou seja, o Tesouro está fazendo compra líquida de títulos. Os volumes de recompra têm sido sempre maiores que o volume de emissão de papéis.
"O objetivo do Tesouro é tirar excesso de risco do mercado e prover preços de referência", explicou o subsecretário.
Ele disse ainda que a decisão do Tesouro foi por uma mudança tática no planejamento de 2018. "Não temos interesse em emitir títulos longos, seja prefixados ou indexados ao IPCA. O Tesouro vai retomar em algum momento, mas em volumes menores", disse.