Economia

Temer vai ligar para Trump para discutir tarifas de aço

Caso as soluções amigáveis não funcionem, o presidente afirmou que pretende recorrer à OMC para tratar das tarifas americanas

Nós aqui somos contra qualquer protecionismo e queremos a abertura dos mercados em relação ao Brasil, afirmou Temer (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

Nós aqui somos contra qualquer protecionismo e queremos a abertura dos mercados em relação ao Brasil, afirmou Temer (Beto Barata/PR/Agência Brasil)

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AFP

Publicado em 14 de março de 2018 às 15h50.

O presidente Michel Temer anunciou nesta quarta-feira (14) que vai ligar para Donald Trump para discutir a elevada tarifação das importações de aço e alumínio nos Estados Unidos, uma medida que poderia prejudicar muito a indústria nacional.

"Eu, muito proximamente telefonarei ao presidente Trump, porque eu verifico até as sugestões de que ele apreciaria receber telefonemas dos países que foram objeto deste aumento bastante grande do tributo", disse Temer na inauguração do Fórum Econômico Mundial da América Latina, em São Paulo, antecipando que o Brasil está se articulando com outros países para recorrer à Organização Mundial de Comércio (OMC).

"Se não houver uma solução amigável muito rápida, vamos formular uma representação à OMC", afirmou.

Existe uma "grande preocupação" no Brasil com este anúncio, por isso o governo quer resolvê-lo o quanto antes.

Trump anunciou na semana passada a adoção de tarifas de 25% sobre a importação de aço e 10% sobre a de alumínio. As únicas exceções são México e Canadá, com quem os EUA renegociam o Acordo de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta).

Essa notícia é especialmente preocupante para o Brasil, porque os Estados Unidos são o principal destino de suas importações de aço - com 32,9% das vendas de 2017, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.

Além disso, Canadá e México são respectivamente o primeiro e o quarto maior exportadores aos Estados Unidos.

"Nós aqui somos contra todo e qualquer protecionismo, somos pela abertura plena dos nossos mercados e queremos também a abertura plena dos mercados em relação ao Brasil", afirmou Temer.

 

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