Michel Temer ficou encarregado de conversar com governadores da oposição, que pedem R$ 19,5 bi (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2011 às 16h15.
Brasília - O presidente da República em exercício, Michel Temer, tentou hoje minimizar o entrevero ocorrido entre ele e o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, na semana passada, quando os dois discutiram a votação do Código Florestal e Palocci ameaçou demitir os ministros do PMDB caso o partido votasse contra os interesses do Planalto.
Durante reunião hoje com ministros, para tratar das mortes ocorridas em conflitos no Norte do País, Temer, tentando amenizar a polêmica, disse aos ministros, segundo relato de fontes do Planalto, que o episódio "está superado" e ficou "no passado".
Hoje, Temer e a presidente Dilma Rousseff tiveram uma rápida reunião na Base Aérea de Brasília, antes de ela embarcar para Montevidéu, no Uruguai. No sábado, os dois já tinham conversado sobre o mal-estar por telefone. Do seu lado, o PMDB tenta contornar a história dizendo que o partido "tem compromissos com a presidente Dilma" e apoia a presidente. Lembra ainda que o PMDB hoje, ao contrário do governo anterior, quando era da base de apoio, é governo, já que tem um vice presidente eleito.
Apesar de ser o coordenador de todas as ações de governo, Palocci não esteve presente nesta reunião convocada por Temer a pedido da presidente Dilma. A coordenação do tema ficou a cargo do ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, que tem operado como um aparador de arestas neste episódio e tem repetido que problemas entre partidos são normais. "Coisas do casamento", tem repetido ele, esclarecendo que os problemas são contornáveis, como ocorre em toda relação.