Economia

Temer pede à China fim de sobretaxas a frango e açúcar

Temer destacou que a reunião bilateral desta quinta-feira foi o quinto encontro de negociação entre os líderes do Brasil e da China

BRICS: Temer afirmou nesta quinta-feira, 26, que pediu ao líder da China, Xi Jinping, que retire a sobretaxa sobre exportações brasileiras de carne de frango e açúcar no país (Mike Hutchings/Reuters)

BRICS: Temer afirmou nesta quinta-feira, 26, que pediu ao líder da China, Xi Jinping, que retire a sobretaxa sobre exportações brasileiras de carne de frango e açúcar no país (Mike Hutchings/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2018 às 12h14.

Última atualização em 26 de julho de 2018 às 12h14.

Joanesburgo - O presidente Michel Temer, afirmou nesta quinta-feira, 26, que pediu ao líder da China, Xi Jinping, que retire a sobretaxa sobre exportações brasileiras de carne de frango e açúcar no país. Temer também apelou ao chinês para que abra o mercado a produtos derivados de soja processados, como óleo e farelo. Segundo ele, houve receptividade à proposta.

"Voltamos a tratar do aumento da cota de açúcar e do frango. Pedimos a ele (Xi Jinping) que deixe um pouco de lado, digamos, a sobretaxa que houve em relação ao frango e ao açúcar, para que possamos aumentar nossas exportações", disse Temer, após deixar a reunião bilateral com o líder chinês na África do Sul, pouco antes da abertura da 10ª Cúpula dos Brics.

"Exportamos muita soja para a China, mas soja em grão. O que nós queremos, e ressaltei isso ao presidente Xi Jinping, é mandar os elementos processados, ou seja, óleo de soja e farelo de soja, o que naturalmente permite a industrialização no nosso País. E ele recebeu muito bem essas ideias. Concordou e vai mandar os técnicos examinarem. Essa é uma questão técnica. Não senti resistência", disse.

Temer destacou que a reunião bilateral desta quinta-feira foi o quinto encontro de negociação entre os líderes do Brasil e da China, no qual tratam principalmente das exportações de produtos agrícolas.

O presidente contou ter mencionado na reunião bilateral os programas de privatização e concessões públicas e pedido aumento de investimentos privados chineses, principalmente nos leilões previstos de distribuidoras de energia elétrica da Eletrobras.

"Mencionei também a questão das concessões e privatizações que estamos fazendo, os investimentos chineses já existentes e outros, que ele disse que vai colaborar muito para investir bastante lá (no Brasil). Ferrovias, portos, aeroportos, linhas de transmissão e agora distribuidoras de energia", afirmou Temer.

Conforme o Itamaraty, no encontro também foi abordada a instalação do Escritório Regional das Américas do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (NBD), cujo acordo será assinado ainda nesta quinta-feira na cúpula. A sede será em São Paulo e haverá um escritório de representação em Brasília.

Acompanhe tudo sobre:BricsChinaeconomia-brasileiraExportaçõesImportaçõesMichel Temer

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo