Economia

Temer diz que PIB voltará a crescer no 2º semestre de 2017

Em um discurso otimista, presidente afirmou que o país dá sinais de recuperar o grau de investimento

Michel Temer: "Nossa esperança é que no segundo semestre de 2017 tenhamos um PIB que não vai ser negativo. Se for, cobrem do Meirelles" (Divulgação/ Palácio do Planalto)

Michel Temer: "Nossa esperança é que no segundo semestre de 2017 tenhamos um PIB que não vai ser negativo. Se for, cobrem do Meirelles" (Divulgação/ Palácio do Planalto)

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Reuters

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 14h02.

Última atualização em 8 de novembro de 2016 às 14h03.

Brasília - O Brasil deve voltar a ter crescimento positivo do Produto Interno Bruto (PIB) e diminuição do desemprego a partir do segundo semestre de 2017, e tem potencial para retomar grau de investimento, afirmou nesta terça-feira o presidente Michel Temer.

"Nossa esperança é que no segundo semestre de 2017 tenhamos um PIB que não vai ser negativo. Se for, cobrem do Meirelles", disse o presidente, referindo-se ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acrescentando ainda que espera ver o emprego sendo retomado no mesmo período.

A previsão do último relatório Focus do Banco Central é de um crescimento de 1,2 por cento do PIB para 2017. Este ano, o mercado projeta uma contração de 3,31 por cento.

Já a taxa de desemprego, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alcançou 11,8 por cento no terceiro trimestre deste ano.

Em um discurso otimista, durante seminário sobre infraestrutura na Confederação Nacional da Indústria, em que insistiu na retomada da confiança no Brasil, o presidente afirmou que o país dá sinais, com o crescimento do setor produtivo de recuperar o grau de investimento. Temer mencionou a queda do chamado risco-país nos últimos meses, para o atual patamar de 318 pontos.

"Quando chegarmos a 240 pontos retornamos ao nosso grau de investimento. Eu estou falando de seis meses, quatro meses mais dois meses onde havia uma época muito áspera em termos econômicos, mas a democracia é assim", disse, referindo-se ao período desde o afastamento da ex-presidente Dilma Rousseff.

Temer aproveitou a reunião com empresários para defender, mais uma vez, a Proposta de Emenda à Constituição que cria um teto de gastos para a União, alegando que o governo está "desmontando um ciclo perverso".

"Recebemos um país que acumulava dívida pública crescente e desemprego em níveis alarmantes. E estamos desmontando um ciclo perverso. O padrão de despesas consolidado nos últimos anos é insustentável. É preciso começar cortando na carne, limitando os gastos do poder público", disse.

Depois de ouvir do presidente da CNI, Robson Andrade, reclamações sobre a logística no país, especialmente na área de transportes, Temer concordou que "há muito o que fazer" e o governo precisa trabalhar mais com a iniciativa privada.

"Sinto preconceito no ar. As pessoas querem emprego mas não querem incentivar a iniciativa privada", afirmou.

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