Economia

Temer diz que não permitirá novas medidas populistas no país

Presidente afirmou que seu governo deu ao Brasil o caminho do desenvolvimento, "do qual não se afastará"

Michel Temer: "nosso compromisso com o Brasil é inquebrantável" (Paulo Whitaker/Reuters)

Michel Temer: "nosso compromisso com o Brasil é inquebrantável" (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de maio de 2017 às 11h00.

Última atualização em 30 de maio de 2017 às 12h24.

São Paulo - O presidente Michel Temer afirmou nesta terça-feira, 30, que o seu governo deu ao Brasil o caminho do desenvolvimento, "do qual não se afastará".

O peemedebista disse ainda que não permitirá que medidas populistas, que provoquem retrocesso no país, voltem a ser adotadas.

"Nosso compromisso com o Brasil é inquebrantável", salientou a representantes de mais de 40 países que participam do Fórum de Investimentos Brasil 2017, organizado pelo governo em São Paulo, em conjunto com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Temer disse logo no início de seu discurso que seria cômodo deixar para seu sucessor as reformas necessárias. Mas a decisão foi oposta e o governo resolveu tocar uma agenda de medidas estruturais. "Concluímos o primeiro ano de trabalho duro, sério e disciplinado", comentou, ressaltando que cada passo que o guiou foi marcado pela responsabilidade.

O presidente da República disse aos investidores presentes no evento que eles encontram um governo determinado a completar reformas que estão transformando o Brasil. "Os senhores encontram aqui uma economia que se recupera e se moderniza", observou ele aos investidores presentes.

Temer ressaltou que o legislativo não é um apêndice, mas está integrado ao governo nacional. "Temos muito diálogo com o Congresso", disse ele, ressaltando que há completa interação entre as duas casas, a Câmara e o Senado.

O peemedebista falou também da queda da inflação, que está abaixo da meta do Banco Central.

Sem Plano B

O presidente disse para investidores em São Paulo que se "de fato queremos um futuro melhor, não há plano B".

Temer fez um balanço de seu primeiro ano de governo e ressaltou a mudança na gestão das estatais e o bom funcionamento das instituições. "Demos uma injeção de profissionalismo nas nossas estatais", afirmou Temer, destacando ainda que seu governo colocou fim à "política equivocada das campeãs nacionais", estratégia do governo anterior de criar empresas que poderiam competir internacionalmente.

Ao falar da retomada da economia, Temer disse que a "recuperação começa agora" e que em abril houve superávit primário de R$ 12 bilhões, além de criação de vagas de emprego. "Deixamos para trás a maior recessão que o Brasil já conheceu." Além disso, ele destacou que a liberação das contas inativas do FGTS deve irrigar o País com R$ 40 bilhões.

"Restabelecemos no País o ambiente de respeito aos contratos", comentou Temer. "Fizemos muito em pouco tempo e não é sem razão que o Brasil volta a crescer."

'Palavras equivocadas'

Na parte final do seu discurso, o presidente da República reforçou o compromisso em manter em curso as reformas as quais seu governo se propôs a fazer. Sobre a reforma da Previdência, ele disse que as regras atuais são generosas com os que não precisam.

"Vejo pessoas com frequência dizendo que vamos tirar direitos adquiridos como se isso fosse possível, como se fôssemos contra a Constituição", disse Temer. Ele se queixou do que chamou de "palavras equivocadas" faladas ultimamente de que as pessoas só vão se aposentar quando morrerem.

"Não são os mais pobres que ganham mais", disse Temer, acrescentando que 63% da população recebe salário mínimo. "Os que querem manter privilégios é que combatem a reforma da Previdência. As reformas trabalhistas e previdenciária vão fazer o Brasil crescer", disse Temer.

"Estamos colocando o Brasil nos trilhos e quem assumir o País em 2018 vai o encontrá-lo organizado, nos trilhos", afirmou o presidente. Ele disse que tem falado aos investidores internacionais que o Brasil tem todas as condições para crescer por estar fora dos focos de tensão, não tem conflitos étnicos e está fora da área do terrorismo.

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