Economia

Temer diz que Brasil será excluído de tarifas dos EUA durante negociações

EUA já concederam isenções para o Canadá e o México das tarifas de 25 por cento sobre aço e de 10 por cento sobre alumínio que foram impostas por Trump

Michel Temer: "As novas tarifas, mensagem da Casa Branca, não se aplicarão enquanto estivermos conversando sobre o tema" (Leonardo Benassatto/Reuters)

Michel Temer: "As novas tarifas, mensagem da Casa Branca, não se aplicarão enquanto estivermos conversando sobre o tema" (Leonardo Benassatto/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de março de 2018 às 18h03.

Brasília - O presidente Michel Temer afirmou nesta quarta-feira que os Estados Unidos não vão aplicar de imediato tarifas de importação de aço e alumínio do Brasil enquanto o país estiver negociando com Washington ser isentado das sobretaxas.

Temer fez o comentário em discurso na abertura de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto.

"As novas tarifas, mensagem da Casa Branca, não se aplicarão enquanto estivermos conversando sobre o tema", disse o presidente, citando declarações que teriam sido feitas por autoridades da Casa Branca mais cedo.

Durante reunião nesta quarta-feira de uma importante comissão do Congresso dos Estados Unidos nesta terça-feira o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, reconheceu que a situação do Brasil, como grande fornecedor de produtos siderúrgicos intermediários ao país, é "única e sabemos que temos que levar em consideração".

As ações do setor siderúrgico avançaram nesta quarta-feira. A CSN, que exporta parte de sua produção aos EUA, liderou o movimento, fechando em alta de 5,46 por cento. Usiminas teve ganho de 2,5 por cento e Gerdau avançou 1,5 por cento.

Os EUA já concederam isenções para o Canadá e o México das tarifas de 25 por cento sobre aço e de 10 por cento sobre alumínio que foram impostas no início deste mês pelo presidente Donald Trump.

O Brasil exportou para os Estados Unidos em 2017 cerca de 5 milhões de toneladas de aço, segundo maior fornecedor do país depois do Canadá, das quais aproximadamente 4 milhões de toneladas corresponderam a produtos semiacabados, que precisam ser laminados em usinas locais antes de serem utilizados em produtos finais como carros e eletrodomésticos.

 

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