Economia

Temer diz que acordo entre Mercosul e UE pode ser fechado em setembro

Presidente descartou a hipótese de negociações paralelas da UE com outros países e blocos terem um impacto negativo sobre o acordo com o Mercosul

Michel Temer: "As conversas continuam, há uma reunião marcada novamente em setembro e nos esforçamos muito para isso" (Marcos Correa/Agência Brasil)

Michel Temer: "As conversas continuam, há uma reunião marcada novamente em setembro e nos esforçamos muito para isso" (Marcos Correa/Agência Brasil)

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EFE

Publicado em 26 de julho de 2018 às 15h56.

Johanesburgo - O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira que o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), negociado há duas décadas, pode ser fechado até o mês de setembro.

"As conversas continuam, há uma reunião marcada novamente em setembro e nos esforçamos muito para isso", disse Temer em Johanesburgo, onde participa da 10ª Cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

Temer descartou a hipótese de negociações paralelas da UE com outros países e blocos terem um impacto negativo sobre o acordo com o Mercosul. Há temor de que os diálogos entre o bloco e os EUA para evitar uma guerra tarifária influenciar os europeus.

Mais cedo, Temer se reuniu com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anfitrião da cúpula. Os dois conversaram sobre ampliar as relações comerciais entre os países e sobre a figura de Nelson Mandela, que teria feito cem anos no último dia 18 de julho.

Para Temer, a cúpula dos Brics está sendo "extremamente produtiva". O presidente revelou que o Brasil conseguiu fechar a construção de uma sede regional do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), entidade criada pelo bloco para financiar projetos nos países-membros e em outras economias emergentes.

O emedebista também destacou a assinatura de um memorando de colaboração entre os países do bloco e a decisão de ampliar as relações para outras áreas, como a cultural e a esportiva.

Temer também se reuniu com o presidente da China, Xi Jinping, com quem dialogou sobre as relações comerciais bilaterais.

Esta é a última cúpula dos Brics de Temer, que não disputará as eleições em novembro. Com um novo presidente, o Brasil assume a presidência rotativa do bloco a partir de 2019.

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