Economia

Temer deve anunciar medida que une trabalhadores e empresas

Deputados que participaram de um almoço com o presidente disseram que a Câmara Setorial tem por objetivo gerar emprego


	Temer: segundo relatos de outros deputados presentes, a medida é uma demanda que já existia no Parlamento e Temer afirmou que ela já estava sendo estudada
 (Ueslei Marcelino / Reuters)

Temer: segundo relatos de outros deputados presentes, a medida é uma demanda que já existia no Parlamento e Temer afirmou que ela já estava sendo estudada (Ueslei Marcelino / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2016 às 16h40.

Brasília - Os deputados que participaram de almoço com o presidente Michel Temer afirmaram que ele prepara um anúncio - que pode acontecer ainda nesta quinta-feira - da formação de uma Câmara Setorial, que reúna trabalhadores e empregados, com o objetivo de gerar emprego.

"Discutimos com ele e ele vai anunciar que o Brasil precisa juntar trabalhadores e empresários para discutir ambiente negócio", afirmou o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP). O Palácio do Planalto, entretanto, ainda não confirma nenhum anúncio.

Segundo relatos de outros deputados presentes, a medida é uma demanda que já existia no Parlamento e Temer afirmou que ela já estava sendo estudada.

A estratégia seria alinhar esses trabalhos setoriais com os projetos de ajuste fiscal, como a PEC do teto do gasto público, para atrair investimentos e fazer com que haja a esperada retomada do crescimento.

Temer recebeu para um almoço no Planalto, além de Rosso, o líder do PMDB, Baleia Rossi (SP), Aelton Freitas (PR-MG), Jovair Arantes (PTB-GO), Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Márcio Marinho (PRB-BA) e Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

Também participou do encontro o líder do governo André Moura (PSC-CE).

Apoio

Após almoço com o presidente Michel Temer, deputados do chamado "centrão" reafirmaram apoio ao governo e negaram que já estejam discutindo estratégias para a eleição para a presidência da Câmara no ano que vem.

Segundo o líder do PTB na Casa, Jovair Arantes, o atual grupo de 13 partidos vai continuar dando sustentação ao governo e trabalhar para que sejam aprovadas as medidas necessárias para fazer o país voltar a crescer "O centrão vai continuar apoiando governo para salvar o Brasil", disse.

PEC do Teto

Para Rogério Rosso, o principal objetivo agora será votar, até o fim do ano, a proposta de emenda à Constituição que estabelece um teto de gastos. "Eu me considero integrante da base do governo", disse. Ele lamentou que o termo "centrão" tenha se tornado "pejorativo".

Responsabilidade e transparência

O líder do PP, deputado Aguinaldo Ribeiro, também afirmou que o grupo vai ter "responsabilidade" e "transparência" para trabalhar pautas importantes para o país.

Ele negou que a sucessão na presidência da Câmara esteja em pauta no momento. "A questão sucessória não ajuda em nada, nem Congresso e nem o governo, nem o país", disse.

A manifestação de apoio ao governo Temer acontece após o jornal O Estado de S. Paulo mostrar que o grupo, enfraquecido após a eleição de Rodrigo Maia (DEM-RJ) para presidência da Câmara e a cassação de Cunha, estava começando a articular uma aproximação com a atual oposição na Casa, sobretudo PT, PDT e PCdoB.

O principal objetivo seria juntar forças para tentar se sobrepor ao grupo da antiga oposição (PSDB, DEM, PPS e PSB) na eleição para sucessão de Maia.

Após o almoço, os deputados também divulgaram uma carta assinada por nomes do PMDB, PP, PSD, PRB, PTB, SD e PSC , na qual reafirmam ter o "mais absoluto e irrestrito compromisso" com o governo.

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosEmprego formalMDB – Movimento Democrático BrasileiroMichel TemerPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor