Temer: os números positivos na economia são resultado da responsabilidade do governo e da capacidade de superação do nosso povo, acrescentou (Adriano Machado/Reuters)
Reuters
Publicado em 27 de julho de 2017 às 12h48.
Última atualização em 27 de julho de 2017 às 13h48.
Brasília - Em meio à grave crise política que assola o governo, o presidente Michel Temer voltou a comemorar, nesta quinta-feira, os resultados econômicos, atribuindo à "responsabilidade do governo".
"Não é por acaso que o Brasil está virando a página da crise. A inflação já é a mais baixa em uma década. Os juros caíram", disse o presidente em cerimônia de anúncio do programa de concessão de aeroportos.
"Os números positivos na economia são resultado da responsabilidade do governo e da capacidade de superação do nosso povo", acrescentou.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) baixou em 1 ponto percentual a taxa Selic, para 9,25 por cento.Os cálculos para a inflação deste ano apontam que o índice deve ficar abaixo do centro da meta.
Mas o governo ainda não conseguiu conter a queda na arrecadação e na última semana aumentou o PIS/Cofins para os combustíveis, além de anunciar um contingenciamento adicional de 5,9 bilhões de reais no Orçamento, para tentar garantir o cumprimento da meta fiscal do ano, de déficit primário de 139 bilhões.
Pouco depois de pesquisa apontar recordes de impopularidade de Temer e seu governo, o presidente voltou a defender as reformas, entre elas a polêmica alteração da Previdência.
"Agora temos que fazer a reforma da Previdência, temos que enfrentar essa matéria, como temos que enfrentar a simplificação tributária", disse. "Se conseguirmos completar essas reformas, ninguém poderá dizer que passamos em branco nesse governo."
Pesquisa CNI/Ibope mostrou nesta manhã que a avaliação positiva do governo caiu para 5 por cento em julho, nível mais baixo desde a redemocratização. Já a avaliação negativa disparou para 70 por cento, igualando recorde da ex-presidente Dilma Rousseff.