Economia

Telecomunicações perdem espaço, mas se mantêm no topo da receita

O setor deixou de responder por 18,9% da receita e caiu para 11,3%, mas ainda foi o setor que mais gerou receita em 2015

Telecomunicações: no último ano pesquisado pelo IBGE, a receita da atividade foi de R$ 162 bilhões (AKAVCI/Thinkstock)

Telecomunicações: no último ano pesquisado pelo IBGE, a receita da atividade foi de R$ 162 bilhões (AKAVCI/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de setembro de 2017 às 11h02.

A atividade de telecomunicações perdeu mais de cinco pontos percentuais de peso na receita operacional líquida do setor de serviços, divulgou hoje (22), no Rio de Janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

A pesquisa abrange os anos de 2007 a 2015, quando o setor deixou de responder por 18,9% da receita e caiu para 11,3%, o que não alterou sua posição como setor que mais gerou receita em 2015.

No último ano pesquisado pelo IBGE, a receita da atividade foi de R$ 162 bilhões, valor inferior ao registrado nos anos de 2014 e 2013, segundo a Pesquisa Anual dos Serviços (PAS).

O gerente do estudo, Luiz André Paixão, destacou que inovações tecnológicas como serviços de streaming e aplicativos de comunicação gratuita impactaram o setor.

"São serviços pelos quais as empresas tiveram dificuldades de cobrar, como o whatsapp. Antes, as chamadas eram cobradas. A inflação de telecomunicações foi muito abaixo da economia como um todo", disse.

A segunda atividade que mais contribuiu com a receita total dos serviços foi o transporte rodoviário de cargas, que aumentou sua participação de 9,7% para 10,8%, de 2007 a 2015.

Os serviços técnico-profissionais caíram da segunda colocação em 2007 para a terceira em 2015, quando responderam por 10,7% da receita operacional líquida do setor.

Com peso de 7,7%, os serviços de alimentação ocuparam a quarta colocação em 2015, com uma alta de mais de dois pontos percentuais em relação a 2007.

Sudeste com peso menor

Sede de mais da metade das empresas do setor (58%), a região Sudeste continua a ter o maior peso na receita bruta dos serviços, com 64% de tudo o que foi gerado no país.

O percentual é menor do que o anotado em 2007, quando era de 67,1%, e acompanhou o comportamento dos principais indicadores, que mostraram um crescimento no Sul, Centro-Oeste e Nordeste.

Em 2015, o Sul concentrava 21,9% das empresas, 16,7% dos empregos e 15,1% da receita bruta do setor de serviços.

Terceiro colocado, o Nordeste tem 11,1% das empresas, 15,2% dos empregos e 10,5% da receita, enquanto para o Centro-Oeste esses percentuais são 7,5%, 7,8% e 7,6%.

A região Norte aumentou seu peso no setor de serviços nacional entre 2007 e 2015. O número de empresas se manteve em 1,5% do total, assim como o pessoal ocupado continuou em 2,9%. A receita bruta caiu de 2,9% do total para 2,8%.

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