Economia

Até 2015, desconto da conta de luz estará anulado, diz TCU

A área técnica do órgão calculou que as despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) chegarão a R$ 61 bilhões entre 2012 e o fim deste ano


	Lâmpada: até fim de 2015, desconto médio de 20% na conta de luz estará anulado
 (Jeff Kubina / Flickr / Wikimedia Commons)

Lâmpada: até fim de 2015, desconto médio de 20% na conta de luz estará anulado (Jeff Kubina / Flickr / Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 17h41.

Brasília - O Tribunal de Contas da União (TCU) classificou como "assombrosas" as cifras relativas ao fundo setorial que banca o programa de redução da conta de luz.

A área técnica do órgão calculou que as despesas da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) chegarão a R$ 61 bilhões entre 2012 e o fim deste ano, como consequência da Medida Provisória 579 de 2012, que mudou o marco regulatório do setor.

Segundo o órgão, até o fim de 2015, o desconto médio de 20% na conta de luz estará anulado.

Foram R$ 25 bilhões em 2013 e serão cerca de R$ 36 bilhões neste ano, segundo o órgão. De acordo com o TCU, a redução de custos do sistema, com a MP 579, foi bem menor, de R$ 16,8 bilhões.

"Fica evidente que houve falta de um planejamento adequado", disse o presidente do TCU, Augusto Nardes.

Na avaliação do ministro José Jorge, as consequências da MP 579 indicam que o novo modelo não foi precedido de um planejamento adequado, que contemplasse eventuais cenários desfavoráveis e as medidas necessárias para enfrentá-los.

"Pode-se concluir que a MP 579 foi implementada de forma precipitada", afirmou o ministro.

"São evidentes as falhas de governança materializadas na conclusão da unidade técnica de que, para o biênio 2014-2015, todo o efeito da MP 579 já estará eliminado, porquanto as tarifas residenciais e industriais, ao final do período, atingirão valores superiores aos vigentes em 2012", diz o relatório.

Acompanhe tudo sobre:EletricidadeEnergiaEnergia elétricaPreçosServiçosTCU

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto