Economia

Taxa de juros no cartão de crédito cai para 437,25%, mas continua em nível alto

Modalidade é oferecida ao consumidor quando não há o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento

Juros do cartão de crédito: Mesmo com redução, número continua extremamente alto (Chronis Jons/The Image Bank/Getty Images)

Juros do cartão de crédito: Mesmo com redução, número continua extremamente alto (Chronis Jons/The Image Bank/Getty Images)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 27 de julho de 2023 às 10h54.

Última atualização em 27 de julho de 2023 às 10h54.

Dados do Banco Central divulgados nesta quinta-feira mostram que a taxa média de juros no cartão de crédito rotativo atingiu o patamar de 437,25% em junho, queda em relação ao mês anterior, que estava na casa de 453% ao ano.

Apesar da redução, o número continua extremamente alto, e o governo busca medidas para tentar reduzir o custo dessa linha. As negociações com os bancos, no entanto, ainda não avançaram.

Essa modalidade é oferecida ao consumidor quando não há o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento. Essa é a linha de crédito mais cara do mercado e a liberação é automática.

Crédito parcelado

Para o crédito parcelado, em junho, a taxa de juros registrou alta acumulada de 196,1% em um ano. No mês anterior estava em 194,2%. Essa modalidade para os consumidores havia atingido em abril de 2023 alta de 200%, a maior desde 2011.

O levantamento considera o chamado crédito livre, que são as linhas sem subsídios.

A concessão de crédito para famílias e empresas totalizou R$515,3 bilhões em junho. Com ajuste sazonal, as concessões tiveram alta de 3% no crédito às empresas e de 0,4% no crédito às famílias.

Nos doze meses acumulados até junho, a oferta geral de crédito cresceu 9,0%, com altas de 4,9% no crédito a pessoas jurídicas e de 12,5% no crédito a pessoas físicas.

Ainda conforme o levantamento do BC, o endividamento das famílias atingiu 48,8% em maio deste ano, alta de 0,2 pontos no mês e recuo de 1 ponto em doze meses.

Fique por dentro das últimas notícias no Telegram da Exame. Inscreva-se gratuitamente

Acompanhe tudo sobre:Cartões de créditoTaxasJuros

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo