Economia

Taxa de investimento em 2014 atinge menor nível desde 2009

Já a taxa de poupança ficou em 15,8% em 2014, o menor nível desde pelo menos 2010


	Dinheiro: a necessidade de financiamento da economia brasileira atingiu R$ 233,56 bilhões em 2014
 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

Dinheiro: a necessidade de financiamento da economia brasileira atingiu R$ 233,56 bilhões em 2014 (Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2015 às 13h24.

Rio - A taxa de investimento da economia brasileira em 2014 ficou em 19,7%, menor patamar desde 2009, quando ficou em 19,2%, informou nesta sexta-feira, 27, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de investimento é calculada como proporção da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) sobre o Produto Interno Bruto (PIB).

Já a taxa de poupança ficou em 15,8% em 2014, o menor nível desde pelo menos 2010.

O IBGE ainda não atualizou a série da taxa de poupança para anos antes de 2010 de acordo com a nova metodologia, informou a coordenadora de Contas Nacionais do órgão, Rebeca Palis.

Necessidade de financiamento

De acordo com o IBGE, a necessidade de financiamento da economia brasileira atingiu R$ 233,56 bilhões em 2014, um aumento de R$ 44,4 bilhões em relação ao ano anterior.

A maior influência para esse resultado veio do aumento do déficit no saldo externo de bens e serviços, explicou Rebeca.

"O saldo externo de bens e serviços piorou, houve aumento do déficit em praticamente R$ 32 bilhões, o que explica a maior parte da piora da necessidade de financiamento", disse Rebeca.

O déficit externo subiu para R$ 152,2 bilhões em 2014, ante déficit de R$ 120,5 bilhões em 2013.

Segundo Rebeca, outra parte é explicada pela maior remessa de renda de propriedade enviada para o resto do mundo.

"Além disso, tem transferências correntes para o resto do mundo", disse.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEstatísticasIBGEIndicadores econômicosInvestimentos de governoPIB

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto