Plantação: a agropecuária, que havia puxado o PIB do terceiro trimestre, registrou queda de 5,2% na comparação com o imediatamente anterior e de 7,5% e de 2,3% no ano (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 1 de março de 2013 às 10h53.
São Paulo* - A taxa de investimento (FBCF/PIB) no ano de 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior à taxa registrada em 2011 (19,3%), segundo a divulgação do PIB de 2012 realizada hoje, pelo IBGE.
Em conversa com jornalistas, nessa semana, antes da divulgação do PIB, o economista-chefe do Itaú, Ilan Goldfajn afirmou que o banco acreditava que existe uma recuperação da economia brasileira, mas em ritmo moderado, “Temos falado que o culpado disso é o investimento, que tem que se recuperar”, disse, na terça-feira.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - que pode ser considerada a taxa de investimento na produção - apresentou crescimento de 0,5% no quarto trimestre, em relação ao terceiro, após ter registrado quatro trimestres seguidos de queda. Em relatório divulgado após o PIB, o economista do Itaú Juan Carlos Barboza afirma que a elevação no investimento nesse trimestre mostra que a composição do crescimento está um pouco melhor que o esperado.
Mesmo assim, na comparação com o último trimestre de 2011, a queda da FBCF foi de 4,5%. No ano, ela somou 798,7 bilhões de reais – uma queda de 4,0% em relação a 2011, puxada pela queda da produção interna de máquinas e equipamentos, segundo o IBGE. A taxa de poupança caiu de 17,2% em 2011 para 14,8% em 2012.
Agropecuária
A agropecuária, que havia puxado o PIB do terceiro trimestre, como o ministro da fazenda, Guido Mantega, afirmou na época, registrou queda de 5,2% na comparação com o imediatamente anterior e de 7,5% em relação ao mesmo de 2011 – no ano, a queda foi de 2,3%.
O IBGE afirma que essa redução ocorreu em decorrência do “fraco desempenho da pecuária e, principalmente, do fato de que várias culturas importantes da lavoura brasileira apresentaram queda de produção anual e perda de produtividade (com exceção do milho e do café, que registraram crescimento anual de produção de 27,0% e 15,2%, respectivamente)”.
Na indústria, o destaque foi o crescimento da atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (crescimento de 3,6%) e da construção civil (1,4%). Nos serviços, os destaques positivos foram serviços de informação (2,9%), administração, saúde e educação pública (2,8%) e outros serviços (1,8%).
“Ao longo de todo o ano de 2012, o crescimento da massa real de salários, ao lado da expansão do crédito ao consumo, sustentou o crescimento das vendas no comércio varejista de bens em ritmo superior ao da produção industrial”, afirmou o IBGE.
Na análise da demanda, a despesa de consumo das famílias cresceu 3,1%, fazendo de 2012 o nono ano consecutivo de crescimento deste componente. A despesa do consumo da administração pública aumentou 3,2%.
Exportações e importações de bens e serviços tiveram variações positivas em 2012: de 0,5% e 0,2%, respectivamente.
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* A matéria foi atualizada às 10:52 para o acréscimo de informações.