Economia

Taxa de desemprego aumentou para 14,2% em novembro

O total de ocupados superou o patamar de maio, quando somava 84,404 milhões de pessoas, indica pesquisa mensal Pnad Covid-19

 (Jornal Brasil em Folhas/Flickr)

(Jornal Brasil em Folhas/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de dezembro de 2020 às 10h52.

Última atualização em 23 de dezembro de 2020 às 10h58.

A taxa de desemprego aumentou de 14,1% em outubro para 14,2% em novembro, maior resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19) mensal, iniciada em maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em novembro, a população ocupada totalizou 84,661 milhões, um aumento de 0,6% em relação aos 84,134 milhões de pessoas registrados em outubro, 527 mil vagas a mais. O total de ocupados superou o patamar de maio, quando somava 84,404 milhões de pessoas.

Já a população desocupada cresceu de 13,763 milhões em outubro para 14,038 milhões em novembro, um aumento de 2%, 275 mil pessoas a mais. Em relação a maio, quando teve início a pesquisa a população desempregada saltou 38,6%, o que representou 3,909 milhões de pessoas a mais nessa condição.

O contingente de inativos diminuiu de 72,704 milhões em outubro para 72,042 milhões em novembro, uma redução de 0,9%. Entre os inativos, 24,1 milhões gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho, sendo que 13,7 milhões deles argumentaram que não procuraram uma vaga devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade.O nível de ocupação subiu de 49,3% em outubro para 49 6% em novembro.

Trabalho remoto

No mês de novembro, 7,3 milhões de pessoas trabalhavam em home office, ante 7,6 milhões de pessoas em outubro, segundo os dados da Pnad Covid-19. Em apenas um mês, cerca de 300 mil pessoas deixaram de trabalhar remotamente. A região Norte tinha o menor porcentual de pessoas ocupadas trabalhando remotamente (3,9%) e o Sudeste, o maior (11,8%).

O porcentual de mulheres que em trabalho remoto foi de 12,9%, contra uma fatia de 6,5% entre os homens. Entre as pessoas que não tinham completado o ensino fundamental, apenas 0,3% trabalhavam remotamente, enquanto que essa fatia entre os trabalhadores com nível superior completo ou pós-graduação era de 28,7%.

Dos 84,7 milhões de ocupados em novembro, 4,4 milhões estavam afastados do trabalho, sendo 2,1 milhões deles por causa do distanciamento social.

Entre os afastados, cerca de 879 mil pessoas estavam sem a remuneração do trabalho, o equivalente a 19,8% do total de pessoas ainda afastadas do trabalho que tinham. Em outubro, esse porcentual era de 19,2%.

Auxílio emergencial

O pagamento do auxílio emergencial alcançou menos domicílios em novembro. O auxílio emergencial chegou a 28,1 milhões de domicílios em novembro, ante 29,0 milhões em outubro. A proporção de domicílios que recebeu algum auxílio relacionado à pandemia diminuiu de 42,2% em outubro para 41,0% em novembro.

O valor médio do benefício recebido foi de R$ 558 por domicílio em novembro, ante R$ 694 em outubro. O auxílio pago pelo governo desceu de R$ 600 em agosto para R$ 300 em setembro. Na pesquisa, os auxílios pesquisados incluem não apenas o auxílio emergencial mas também a complementação do governo pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, o que ajudava a explicar a incidência de recebimento de benefício entre domicílios com renda mais elevada.

Na Região Norte, 57,0% dos domicílios recebiam algum tipo de auxílio, enquanto essa fatia era de 55,3% no Nordeste.

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