Economia

Tarifa aérea doméstica sobe 1% em 2018 e atinge R$ 374,12, diz Anac

Preço médio cresceu, principalmente, por causa da alta de indicadores atrelados aos custos mais significativos do setor: combustível e câmbio

Avião: custo do querosene de aviação ajudou a impulsionar o preço da tarifa (Paulo Whitaker/Reuters)

Avião: custo do querosene de aviação ajudou a impulsionar o preço da tarifa (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de março de 2019 às 16h00.

São Paulo — A tarifa aérea média doméstica (atualizada pela inflação) ficou em R$ 374,12 no ano de 2018, alta de 1%, conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No quarto trimestre, a tarifa aérea média subiu 2,1% em relação ao informado um ano antes. Já o yield tarifa aérea médio, indicador que mede o preço pago pelo passageiro por quilômetro voado, caiu 0,8% em 2018, para R$ 0,31693.

De janeiro a dezembro de 2018, 6,7% das passagens foram comercializadas com tarifas aéreas abaixo de R$ 100,00 e 50,9% abaixo de R$ 300,00. As passagens acima de R$ 1.500,00 representaram 0,8% do total.

Em nota, a Anac destaca que o ano de 2018 foi marcado pela alta dos indicadores atrelados aos custos mais significativos do setor, que são combustível e câmbio.

O querosene de aviação (QAV), que corresponde a cerca de 30% dos custos e despesas operacionais dos serviços de transporte aéreo prestados pelas empresas brasileiras no período, registrou alta de 37,3% em relação a 2017.

Outro ponto que tem bastante impacto sobre os custos do setor, a taxa de câmbio do real frente ao dólar subiu 14,5% em 2018. Em conjunto, os custos de combustível, arrendamento, manutenção e seguro de aeronaves representam cerca de 50% das despesas dos serviços aéreos.

No quarto trimestre, combustível e dólar registraram altas de 41,4% e 17,3%, respectivamente, em relação ao informado um ano antes, acrescenta a Anac.

Acompanhe tudo sobre:Anaccompanhias-aereaspassagens-aereas

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo