Economia

Suspensão de vacinas contra febre aftosa no PR pode abrir mercados

Um dos possíveis novos mercados para a carne bovina paranaense é o Japão, que importa o produto apenas de áreas isentas de febre aftosa sem vacinação

Aftosa: suspensão da vacinação, com vigência a partir de novembro, indica a ausência de riscos da doença no Estado (Erica Canepa/Bloomberg)

Aftosa: suspensão da vacinação, com vigência a partir de novembro, indica a ausência de riscos da doença no Estado (Erica Canepa/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 15 de outubro de 2019 às 16h04.

Última atualização em 15 de outubro de 2019 às 16h18.

São Paulo — A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assinou nesta terça-feira instrução normativa que suspende a vacinação contra febre aftosa no Paraná, em medida que pode abrir mercados para a carne bovina brasileira.

A suspensão da vacinação, com vigência a partir de novembro, indica a ausência de riscos da doença no Estado, que possui rebanho de 9,2 milhões de bovinos e bubalinos, segundo a pasta.

"O Brasil tem uma oportunidade gigante de ser um grande exportador não só para a China, como para outros países", disse a ministra, acrescentando que este é um passo inicial para a abertura.

Um dos possíveis novos mercados para a carne bovina paranaense é o Japão, que importa o produto apenas de áreas isentas de febre aftosa sem vacinação.

Em agosto, após reunião com um ministro japonês em São Paulo, Tereza Cristina havia indicado avanço nas tratativas para as exportações da proteína brasileira ao país oriental, mencionando que visitas técnicas do Japão a produtores locais devem acontecer em 2020.

Além do Paraná, a ministra disse à época que Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia também fazem parte de um programa de erradicação da febre aftosa sem vacinação. Apenas Santa Catarina, sem grande expressão em bovinos, era local livre da febre aftosa sem vacinação.

A maior parte do Brasil é livre de aftosa com vacinação.

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