Economia

'Surto inflacionário' é maior entre emergentes, diz Mantega

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a maior pressão inflacionária nos países em desenvolvimento se deve ao crescimento mais acentuado verificado nessas nações

Mantega lembrou que a economia brasileira é uma das que mais devem crescer em 2011, ao contrário da economia mundial, em lenta recuperação (Wikimedia Commons)

Mantega lembrou que a economia brasileira é uma das que mais devem crescer em 2011, ao contrário da economia mundial, em lenta recuperação (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2011 às 11h12.

Brasília - O “surto de inflação” é maior nos países emergentes porque eles têm um crescimento maior do que o observado em outras nações, afirmou hoje (3) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ele voltou a destacar que, embora a pressão inflacionária seja maior nos países emergentes, o problema é mundial.

O ministro lembrou que a economia brasileira é uma das que mais devem crescer em 2011, ao contrário da economia mundial, que está em lenta recuperação. Ele reiterou que o governo brasileiro tem conseguido manter os índices de inflação sob controle bem mais do que outros países em desenvolvimento como a Rússia e a Índia, que acumularam taxas de 9,4% e 8,8%, respectivamente, em 12 meses, de acordo com resultado apurado em março.

Mantega afirmou que o mundo está dividido entre os países avançados, que não superaram a crise e registram baixo crescimento, alto índice de desemprego, elevado déficit público e inflação alta, e os emergentes, que têm alto crescimento, baixo desemprego e equilíbrio fiscal.

O ministro disse aos senadores que os ajustes necessários para manter o crescimento sustentável próximo de 5% passam pela consolidação fiscal com a reversão dos estímulos econômicos liberados durante a crise. Outra medida importante, segundo Mantega, é o corte de R$ 50 bilhões nos gastos públicos. Ele defendeu ainda a manutenção dos investimentos e a redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 12% ao ano.

Mantega destacou ainda o déficit nominal previsto para este ano de 1,9%. “Isso deve levar a zero o déficit nominal em pouco tempo”, disse. Um dos objetivos da equipe econômica do governo é que as despesas do governo cresçam menos do que o Produto Interno Bruto (PIB).

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