Economia

Sem surpresas, Copom eleva juros em 0,75 ponto percentual

Analistas já esperavam alta da taxa Selic, que passou de 9,5% para 10,25% ao ano

Banco Central eleva os juros para conter a inflação (Divulgação/Banco Central)

Banco Central eleva os juros para conter a inflação (Divulgação/Banco Central)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 10h24.

São Paulo - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou, na noite desta quarta-feira (9), a taxa básica de juros de 9,5% para 10,25% ao ano. A decisão dos oito diretores foi unânime e já era esperada pela maioria dos analistas.

Foi a segunda elevação da taxa Selic neste ano, que volta ao patamar de abril do ano passado. Na reunião anterior, há menos de dois meses, o Copom também aumentou os juros em 0,75 ponto percentual, dando início a mais um ciclo de aperto monetário no governo Lula (veja infográfico abaixo).

Economistas calculam que o efeito dos juros na economia real tenha uma defasagem de seis a nove meses. Portanto, o foco principal é reverter as expectativas inflacionárias do ano que vem.

Após o término da reunião, o Banco Central emitiu o seguinte comunicado, quase idêntico ao da reunião passada:

"Dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias ao cenário prospectivo da economia, para assegurar a convergência da inflação à trajetória de metas, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic para 10,25% a.a., sem viés."

A ata do Copom, que traz detalhes sobre os motivos que levaram os diretores a optar pela elevação, será divulgada na quinta-feira que vem (17). O documento é analisado com lupa pelos economistas, que buscam pistas sobre os futuros passos do Banco Central. A próxima reunião será realizada nos dias 20 e 21 de julho. 
 

/economia/brasil/infograficos/info_evol_tax_juros.swf

Fonte: Banco Central | Elaboração: EXAME.com

Leia mais: Empresários dizem que BC contraria a lógica

Leia mais: Aumento da Selic tem efeito pequeno no crédito

Leia mais: Análise: devagar com o andor que o santo (ainda) é de barro

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCopomEstatísticasIndicadores econômicosInfográficosInfográficos de MercadosJurosMercado financeiroSelic

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo