Economia

Supermercados paulistas acreditam em retomada da inflação de alimentos

Associação Paulista de Supermercados crê que os preços em supermercados podem se elevar entre 2,5% a 3% este ano em comparação com 2017

Supermercados: Índice de Preços dos Supermercados apresentou queda de 0,41% em março após recuo de 1,07% em fevereiro (Germano Luders/Exame)

Supermercados: Índice de Preços dos Supermercados apresentou queda de 0,41% em março após recuo de 1,07% em fevereiro (Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 7 de maio de 2018 às 16h26.

São Paulo - A deflação de alimentos, que persistiu ao longo do primeiro trimestre de 2018 no Brasil, ainda deve se reverter até o final do ano num movimento que pode beneficiar o faturamento do setor de supermercados, segundo entidades do setor.

A Associação Paulista de Supermercados (Apas) acredita que os preços em supermercados podem se elevar entre 2,5% a 3% este ano em comparação com 2017, conforme afirmou o presidente da entidade, Pedro Celso Gonçalves, durante evento em São Paulo.

Os supermercados do Estado de São Paulo registraram nova queda de preços em março, segundo mês consecutivo de recuo, de acordo com dados da Associação Paulista de Supermercados (Apas).

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Apas/Fipe, apresentou queda de 0,41% em março após recuo de 1,07% em fevereiro. No ano passado, a deflação acumulada já havia sido de 2,7%.

Embora ajude a aumentar a renda disponível de consumidores, a deflação de alimentos tem sido uma notícia ruim para as empresas do setor de supermercados. Isso ocorre porque nem sempre o volume de produtos vendidos aumenta diante do preço mais baixo, o que reduz a receita nominal dos varejistas. Os custos das empresas também não têm caído na mesma velocidade, o que impacta as margens.

Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Sanzovo Neto, no entanto, há sinais positivos para as vendas. Ele avalia que a redução nos gastos com produtos mais básicos pode começar a permitir que os consumidores façam o chamado "trade up", a migração para itens de marcas mais caras ou produtos considerados mais supérfluos.

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