Exportações e importações: de janeiro a setembro, as importações argentinas de produtos brasileiros acumularam alta de 10,7%, para US$ 14,917 bilhões (REUTERS/Andres Stapff)
Da Redação
Publicado em 1 de outubro de 2013 às 19h32.
Buenos Aires - O Brasil voltou a ampliar o superávit comercial com a Argentina em setembro, com aumento de 379%, para US$ 753 milhões, na comparação com igual mês de 2012, conforme análise da consultoria Abeceb, com base nos números informados nesta terça-feira, 01, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. No mês passado, as exportações brasileiras para o mercado argentino aumentaram 29,4%, a US$ 1,915 bilhão, em relação a setembro do ano passado.
Os valores, segundo a análise, "estão muito acima da média dos últimos 12 meses". Já as importações brasileiras de produtos argentinos recuaram 12,2%, para US$ 1,162 bilhão. "Desde junho de 2012 não se observavam valores tão baixos nas vendas ao Brasil", ressaltou a consultoria. No mês mencionado, o Brasil barrou a entrada de uma série de produtos argentinos, entre eles frutas, vinhos e automóveis, como estratégia para forçar o sócio do Mercosul a afrouxar as barreiras contra o comércio bilateral.
Setembro marcou o segundo mês consecutivo de retrocesso nas vendas argentinas ao mercado brasileiro. A piora da balança comercial argentina com o Brasil obedece não só à forte retomada das importações de origem brasileira, mas às menores vendas ao sócio. No entanto, o fluxo de comércio bilateral total cresceu 9,8%, para US$ 3,077 bilhões. "Este dado não é menor, considerando que em agosto houve uma contração do comércio total entre os dois países", observou a Abeceb.
De janeiro a setembro, as importações argentinas de produtos brasileiros acumularam alta de 10,7%, para US$ 14,917 bilhões, comparando com o mesmo período de 2012. As exportações da Argentina para o Brasil cresceram 9,7%, para US$ 12,726 bilhões, no período analisado. A Argentina acumula um déficit de US$ 2,191 bilhões com o Brasil, 17% superior ao verificado em igual intervalo de tempo do ano passado.