Augustin destacou também que o Governo Central atingiu R$ 33 bilhões de superávit acumulado do ano, próximo ao valor de R$ 40 bilhões estabelecido como meta para até o fim de agosto (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2013 às 17h15.
Brasília - O superávit primário do Governo Central em maio, de R$ 5,956 bilhões, é recorde para o mês, informou o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
Segundo ele, é um resultado significativo, porque maio não é tradicionalmente um mês de primários "amplos". Ele destacou também que o Governo Central (que inclui Tesouro Nacional, Previdência e outros entes da federação) atingiu R$ 33 bilhões de superávit acumulado do ano, próximo ao valor de R$ 40 bilhões estabelecido como meta para até o fim de agosto.
"Até maio, o resultado é muito positivo, o que demonstra uma tendência forte e positiva no ano e de tranquilidade para o cumprimento do primário", afirmou o secretário a jornalistas na tarde desta terça-feira, 25, ao comentar o balanço fiscal de maio, divulgado mais cedo.
Os dados do Tesouro mostram que o governo colocou um pé no freio dos investimentos. Até abril, o investimentos cresciam em um ritmo de 8,8%, mas a expansão desacelerou para 2,3%. Os gastos com os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) avançavam até abril 22,7%, ante 15,7% até maio.
Contingenciamento
Augustin relatou que, se for necessário, o governo vai rever o contingenciamento de despesas do Orçamento da União. Segundo ele, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro que, se for preciso cortar despesas para atingir o compromisso de superávit primário de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, a medida será tomará.
O secretário do Tesouro não quis adiantar, porém, se haverá mudança no próximo decreto de contingenciamento, previsto para julho. Ele disse que o superávit do Governo Central em junho será bom, mas que é preciso esperar o último dia útil do mês, quando há um ingresso forte de recolhimento de receitas. O secretário disse que não está em consideração cortar investimentos.