Economia

Superávit comercial da UE com EUA bate recorde e chega a 139,7 bi de euros

Exportações do bloco aos EUA cresceram 8% no ano passado em relação a 2017, enquanto importações avançaram apenas 3,9%

UE: Superávit do bloco com os EUA passou de 119,6 para 139,7 bilhões de euros (Francois Lenoir/Reuters)

UE: Superávit do bloco com os EUA passou de 119,6 para 139,7 bilhões de euros (Francois Lenoir/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 16h19.

Bruxelas - A União Europeia (UE) registrou um superávit comercial recorde com os Estados Unidos em 2018, fator que pode pesar nas negociações comerciais bilaterais.

Nesta sexta-feira, agência de estatísticas Eurostat informou que as exportações do bloco aos EUA cresceram 8% no ano passado em relação a 2017, enquanto as importações avançaram apenas 3,9% no período. Com isso, a UE registrou um superávit de 139,7 bilhões de euros (US$ 157,8 bilhões), acima dos 119,6 bilhões registrados em 2017.

A possível imposição de tarifas americanas sobre importações de veículos e autopeças europeus é a mais premente para a UE no contexto da desaceleração vista na zona do euro diante de dados recentes. Um relatório do Departamento de Comércio dos EUA, que deve ser divulgado neste domingo, pode concluir que essas importações representam uma ameaça à segurança nacional. Caso isso aconteça, um prazo de 90 dias será acionado para que Trump se decida sobre a imposição de tarifas adicionais aos carros de aliados, o que inclui a Europa e o Japão.

"Parece provável que os EUA aumentem, em breve, a pressão sobre a UE, com uma ameaça de 25% nas tarifas de importação de carros", disse economista do Berenberg Bank, Holger Schmieding. "Para Trump, isso provavelmente seria parte de suas habituais táticas de negociação." Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)ExportaçõesImportaçõesSuperávitUnião Europeia

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta