Economia

Superávit acumulado nos últimos 12 meses é de US$ 2,987 bi

Banco Central estima um superávit da balança esse ano de US$ 5 bilhões


	Comércio: exportações registraram queda de 2,6% no primeiro semestre desse ano
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Comércio: exportações registraram queda de 2,6% no primeiro semestre desse ano (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 16h01.

A balança comercial brasileira registra superávit comercial de US$ 2,987 bilhões no acumulado em 12 meses, encerrados em junho. No primeiro semestre desse ano, a balança acumula um déficit de US$ 2,490 bilhões, informou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior nesta terça-feira, dia 1º.

O MDIC não divulga estimativa de saldo comercial, mas o Banco Central estima um superávit da balança esse ano de US$ 5 bilhões. As instituições financeiras ouvidas pela autoridade monetária para a realização do boletim Focus esperam um saldo comercial de apenas US$ 2,1 bilhões em 2014.

Exportações

As exportações brasileiras registraram uma queda de 2,6% no primeiro semestre desse ano em relação ao mesmo período do ano passado, pelo critério da média diária.

As importações mostraram um recuo de 3%, segundo os dados divulgados na tarde desta terça-feira, dia 1º, pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

As vendas externas de manufaturados apresentam retração de 10,2% e as de semimanufaturados tiveram queda de 8,5% nos primeiros seis meses de 2014.

Por outro lado, as exportações de produtos básicos aumentaram 4,1% no primeiro semestre desse ano em relação ao mesmo período de 2013.

Os embarques brasileiros para o Mercosul diminuíram 8,9% no período, sendo que a queda das vendas somente para a Argentina foi de 19,8%. As exportações do Brasil para a União Europeia caíram 3,6%.

Por outro lado, cresceram 11,4% para os Estados Unidos e para a Ásia, 2,9%. As vendas brasileiras para a China aumentaram 4,9% no primeiro semestre de 2014. As importações tiveram queda em todas as categorias.

De janeiro a junho, as compras brasileiras no exterior de combustíveis e lubrificantes caíram 8,1%.

As importações de bens de capital tiveram retração de 5,1% e de matérias-primas e intermediários recuaram 1,0%.

As compras do Brasil de bens de consumo no mercado internacional caíram 0,2% no primeiro semestre de 2014 em relação aos primeiros seis meses de 2013.

As importações dos Estados Unidos subiram 1% e da Ásia, 0,5%.

As compras brasileiras da China aumentaram 5,5%.

As importações do Mercosul caíram 14% e as da União Europeia recuaram 5,3% no primeiro semestre.

Manufaturados.

As exportações de produtos manufaturados e semimanufaturados caíram em junho de 2014 na comparação com igual mês do ano passado, informou o MDIC.

Por outro lado, a venda externa de básicos cresceu 9,5% e alcançou US$ 10,864 bilhões.

A diminuição na venda de manufaturados foi de 19,3%, chegando a US$ 6,741 bilhões, e a retração de semimanufaturados foi de 1,9%, com um total de US$ 2,339 bilhões.

Entre os produtos manufaturados, caiu a venda de plataforma para extração de petróleo, automóveis, etanol, autopeças, motores para veículos e partes, motores e geradores elétricos, açúcar refinado, veículos de carga e polímeros plásticos.

Por outro lado, cresceram as vendas de óleos combustíveis, óxidos e hidróxidos de alumínio, laminados planos, aviões, medicamentos e máquinas para terraplenagem.

No grupo dos semimanufaturados, as retrações foram principalmente de ouro em forma semimanufaturada e açúcar em bruto.

Os produtos que tiveram alta nas vendas externas foram semimanufaturados de ferro/aço, ferro fundido, couros e peles, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, celulose e alumínio em bruto.

Entre os básicos, houve alta nas vendas de petróleo em bruto, carne suína, farelo de soja, café em grão, carne bovina e soja em grão. Em relação aos países que compram produtos brasileiros, houve retração de 2,8% nas vendas para o Mercosul.

Também ocorreu em junho queda de 44,8% nas vendas para América Latina e Caribe, exceto Mercosul, e de 2% para a Ásia, sendo que para a China a retração foi de 2,1%. Para a União Europeia a alta foi de 15,4% e para os Estados Unidos, de 3,5%.

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