Economia

STJ julga correção da poupança nos planos econômicos

No fim de fevereiro, o julgamento foi adiado para março em função do grande volume de petições apresentadas ao processo e que precisavam de análise


	Dinheiro: controvérsia desse julgamento gira em torno do momento em que os juros de mora devem começar a valer
 (Marcos Santos/usp imagens)

Dinheiro: controvérsia desse julgamento gira em torno do momento em que os juros de mora devem começar a valer (Marcos Santos/usp imagens)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de março de 2014 às 15h27.

São Paulo - Está previsto para esta quarta-feira, 12, o julgamento do recurso sobre os planos econômicos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2 no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O STJ analisará qual será a regra para o início da incidência da correção dos rendimentos das cadernetas de poupança que sofreram perdas em decorrência dos planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.

No fim de fevereiro, o julgamento foi adiado para março em função do grande volume de petições apresentadas ao processo e que precisavam de análise.

A controvérsia desse julgamento gira em torno do momento em que os juros de mora devem começar a valer: a partir da citação na ação civil pública, ou a partir da citação do devedor em cada liquidação individual da sentença proferida no processo principal.

Em 2008, o Banco Central fez uma estimativa de impacto do ressarcimento em R$ 105 bilhões, mas sem computar os juros de mora como sendo devidos desde o início do processo coletivo. Um estudo recente da consultoria LCA levou em conta essa possibilidade e montante estimado chega a R$ 341 bilhões.

No Supremo

A decisão do STJ poderá influenciar o julgamento do mesmo caso por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). No STF, a discussão do tema foi adiada por tempo indeterminado em fevereiro. A ação no STF decidirá se os bancos terão ou não que ressarcir os poupadores, que alegam que os bancos aplicaram incorretamente os índices estabelecidos pelos planos econômicos Bresser, Verão, Collor I e Collor II.

Os bancos argumentam, em defesa, ter aplicado os índices estabelecidos pelo governo na época como forma de combater a inflação.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasJurosLegislaçãoPoupançaProcessos judiciais

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito