Economia

Spread e juros sobem no mercado de crédito em fevereiro

Nos encargos financeiros, o spread no segmento de recursos livres ficou em 28,3 pontos percentuais ante 27,2 pontos percentuais em janeiro


	Crédito: no crédito total, abrangendo a parcela direcionada, a inadimplência ficou em 2,8 por cento em fevereiro
 (ThinkStock/milosducati)

Crédito: no crédito total, abrangendo a parcela direcionada, a inadimplência ficou em 2,8 por cento em fevereiro (ThinkStock/milosducati)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2015 às 11h51.

Brasília - As taxas de juros e spread subiram em fevereiro ante janeiro, com a inadimplência permanecendo estável, em cenário marcado por aperto monetário para controle da inflação e forte ajuste fiscal nas contas públicas.

Em fevereiro, a inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres ficou em 4,4 por cento em fevereiro, mesmo nível de janeiro, conforme dados apresentados nesta quarta-feira pelo Banco Central.

No crédito total, abrangendo a parcela direcionada, a inadimplência ficou em 2,8 por cento em fevereiro, também repetindo o mesmo nível do mês anterior.

Nos encargos financeiros, o spread no segmento de recursos livres ficou em 28,3 pontos percentuais ante 27,2 pontos percentuais em janeiro. No crédito total, o spread ficou em 16,6 pontos percentuais, com alta de 0,6 ponto percentual frente ao primeiro mês do ano.

A taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou fevereiro em 40,6 por cento, superior aos 39,1 por cento em janeiro. No crédito total, os juros ficaram em 25,6 por cento ante 24,9 por cento em janeiro.

As concessões de crédito apresentaram em fevereiro forte queda de 9,1 por cento em comparação ao mês anterior.

A expansão do crédito perde fôlego em ambiente caracterizado por esfriamento da economia e juros básicos altos, numa conjuntura negativa reforçada pela desaceleração do mercado de trabalho.

Para reverter esse quadro, a equipe econômica coloca em prática um duro ajuste fiscal das contas públicas tendo por alvo central o cumprimento da meta de superávit primário de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB).

O objetivo do ajuste é, também, recuperar a confiança dos agentes na economia brasileira, ajudando a melhorar o ambiente de negócios e o ritmo de crescimento do país.

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