Economia

Solução para bancos é de interesse público, diz Tombini

O presidente do BC afirmou que a crise internacional de 2008 provocou "forte contração" do mercado de crédito externo, com reflexos no mercado de crédito brasileiro


	Alexandre Tombini: o presidente do BC destacou a importância de se obter soluções de mercado para o salvamento de bancos em dificuldades
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Alexandre Tombini: o presidente do BC destacou a importância de se obter soluções de mercado para o salvamento de bancos em dificuldades (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 12h26.

Brasília - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, que a crise internacional de 2008 provocou "forte contração" do mercado de crédito externo, com reflexos no mercado de crédito brasileiro.

De acordo com ele, os impactos foram mais fortemente identificados em pequenos e médios bancos, que sofreram pressão de liquidez e dificuldades de captação de recursos.

"Com isso, o Banco Central do Brasil passou a exercer monitoramento mais rigoroso de cessão de créditos em 2010", afirmou. Essas atividades, de acordo com ele, resultaram na identificação de "inconsistências contábeis" do banco Panamericano. Tais fragilidades motivaram o BC, conforme Tombini, a intensificar o monitoramento de um grupo específico de bancos.

O presidente do BC disse também que, apesar do retorno à normalidade, em alguns casos pontuais "fez-se necessária" a maior atuação do Banco Central para solucionar situações mais críticas por meio de ajustes e saneamentos. Tombini disse, porém, que as dificuldades de bancos menores não estavam relacionadas a problemas macroeconômicos.

Tombini destacou a importância de se obter soluções de mercado para o salvamento de bancos em dificuldades, antes que a autoridade monetária precise decretar regimes especiais para essas instituições. Ele admitiu que o uso desse instrumento sempre afeta em maior ou menor medida a credibilidade do sistema financeiro.

Acompanhe tudo sobre:Alexandre TombiniBanco CentralBancosEconomistasFinançasMercado financeiroPersonalidades

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo