Economia

Soja, milho e bovinos fizeram IGP-10 subir em novembro

Indicador subiu 0,82%, acima de todas as estimativas de analistas


	Máquinas realizam a colheita da soja em uma fazenda próxima de Tangará da Serra, no Mato Grosso
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Máquinas realizam a colheita da soja em uma fazenda próxima de Tangará da Serra, no Mato Grosso (Paulo Fridman/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de novembro de 2014 às 07h50.

Rio - Os produtos agropecuários no atacado foram os grandes responsáveis pela aceleração do Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10) em novembro.

O indicador subiu 0,82%, acima de todas as estimativas de analistas ouvidos pelo AE Projeções. Soja, milho e bovinos foram os principais itens a acelerar o ritmo a alta de preços neste mês, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O grupo das matérias-primas brutas avançou 1,71% em novembro, após queda de 0,40%. Só a soja subiu 3,69%, após ficar 5,04% mais barata. Também ganharam força milho (-1,54% para 7,42%) e bovinos (2,86% para 4,44%).

Apesar dessas pressões, alguns itens deram alívio, como mandioca (10,99% para -1,56%), aves (4,11% para 1,46%) e leite in natura (0,12% para -1,68%).

Nos bens finais (0,15% para 0,66%), a principal aceleração veio do subgrupo alimentos in natura, que saiu de recuo de 3,08% em outubro para alta de 3,55% em novembro.

Já nos bens intermediários (-0,26% para 0,93%), quatro dos cinco subgrupos ganharam força na passagem do mês.

O destaque foi materiais e componentes para a manufatura (-0,62% para 1,28%), mas também houve repasse do encarecimento da soja. O farelo de soja ficou 6,54% mais caro neste mês, após recuo de 4,65% em outubro.

Neste conjunto, o Índice de Preços ao Produto Amplo (IPA), que representa todo o atacado, aumentou 1,06% em novembro, o que levou o IGP-10 a uma alta de 0,82%.

O período de coleta de preços foi de 11 de outubro ao dia 10 deste mês.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaEstatísticasIGP-DIIGP-MIndicadores econômicosInflaçãoPreços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto