Para economista-chefe da CNC, preços baixos estimularam as vendas em junho (.)
Da Redação
Publicado em 11 de agosto de 2010 às 12h40.
Brasília - O aumento de 1,0% nas vendas do comércio varejista mostra que o setor pegou o embalo e apenas uma crise muito forte pode interromper essa trajetória. A avaliação é do economista-chefe de Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, que destaca que o resultado veio acima da expectativa dos analistas, que esperavam alta entre 0,3% e 0,4%.
Freitas explica que os números positivos são efeito da queda de preços em alguns produtos duráveis e não duráveis. "O dólar barato ajudou a reduzir o valor de bens duráveis. Já nos não-duráveis, a queda no preço dos alimentos ajudou bastante a aumentar as vendas", disse ele.
O economista afirmou que as vendas foram impulsionadas, principalmente, pelo consumo familiar. "O aumento da renda e a facilidade de obter credito estimulam o brasileiro a consumir", avalia. A CNC espera que o comércio varejista feche o ano com crescimento recorde.
Para 2011, a expectativa continua otimista. "Não vai ser tão bom quanto este ano, mas vamos continuar crescendo", prevê Thadeu. De acordo com o economista, o comércio atingiu uma situação estável, porque a economia brasileira tem apresentado um crescimento satisfatório.