Economia

Sinais mistos da economia confudem o Fed, mostra estudo

Segundo estudo, sinais conflitantes estão tornando difícil para o Federal Reserve usar a chamada regra de Taylor


	Janet Yellen, chair do Fed: autoridade monetária encerrou seu mais recente programa de estímulo no mês passado
 (Drew Angerer/Bloomberg)

Janet Yellen, chair do Fed: autoridade monetária encerrou seu mais recente programa de estímulo no mês passado (Drew Angerer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 17h39.

San Francisco - Sinais conflitantes de dados econômicos estão tornando difícil para o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, usar uma conhecida regra básica para definir a política monetária, de acordo com um estudo do Fed San Francisco publicado nesta segunda-feira.

A chamada regra de Taylor, em homenagem a seu autor, o professor da Universidade de Stanford John Taylor, gera uma estimativa para o nível adequado de taxas de juros com base na taxa de inflação e no nível de ociosidade econômica.

Durante a maior parte do tempo desde a Grande Recessão, a regra de Taylor sugeriu ao Fed empurrar os juros básicos para bem abaixo de zero para trazer a economia de volta ao normal.

Uma vez que as taxas de juros negativas são difíceis de se administrar, o Fed recorreu a métodos não convencionais de flexibilização da política, incluindo enormes programas de compra de títulos.

O Fed encerrou seu mais recente programa de estímulo no mês passado, mas não deve começar a elevar os juros do atual patamar perto de zero até meados do próximo ano.

Ultimamente, a regra de Taylor tem gerado diferentes políticas de taxas de juros, dependendo de qual medida de ociosidade econômica é utilizada, mostram os autores do estudo do Fed.

Usando o espaço entre a taxa potencial de crescimento da economia e seu crescimento real, a regra de Taylor sugere atualmente uma taxa de juros cerca de meio ponto percentual abaixo de zero, segundo o estudo.

Mas usando a diferença entre a taxa de desemprego atual e a menor taxa de desemprego da economia pode suportar sem gerar inflação, a regra de Taylor prescreve atualmente um juro de cerca de 1,5 por cento.

"Determinar se a economia está superaquecendo ou abaixo do esperado é fundamental para a política monetária", escreveram os autores do documento, Early Elias, Helen Irvin e Oscar Jorda.

"Nossa análise destaca as dificuldades de usar a regra de Taylor como um guia prático para a implementação da política monetária em tempo real".

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