Economia

Siderúrgicas elevam preços de aços na distribuição

Produtoras deços planos e longos anunciaram reajustes de preços para distrubuidores por conta da valorização do dólar contra o real


	Produção de aço no Espírito Santo: siderúrgicas esperam um cenário de relativa estabilidade de preços para o segundo semestre
 (Rich Press/Bloomberg)

Produção de aço no Espírito Santo: siderúrgicas esperam um cenário de relativa estabilidade de preços para o segundo semestre (Rich Press/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2013 às 17h20.

São Paulo - Siderúrgicas produtoras de aços planos e longos anunciaram reajustes de preços a distribuidores, incentivadas pela valorização do dólar contra o real e depois de terem citado durante divulgação de resultados trimestrais cenário de relativa estabilidade de preços para o segundo semestre.

Distribuidores de aço ouvidos nesta sexta-feira pela Reuters informaram que Gerdau, ArcelorMittal, Votorantim Siderurgia e Usiminas aumentaram seus preços no mercado interno, com reajustes entrando em vigor entre a próxima semana e o início de setembro.

Na área de aços longos, distribuidores no Estado de São Paulo informaram que a Gerdau aumentou os preços de toda a linha de produtos longos em cerca de 8 por cento. O movimento foi acompanhado pela ArcelorMittal, segundo distribuidor em Minas Gerais.

Em planos, um outro distribuidor em São Paulo informou que Usiminas reajustará os preços de bobinas a quente em 7,6 por cento, bobinas a frio em 5 por cento e zincados em 5,8 por cento a partir da próxima segunda-feira.

Segundo esta mesma fonte, a ArcelorMittal comunicou aumento de 6,2 por cento em bobinas a quente e 5,8 por cento para bobinas a frio e produtos zincados, também a partir da segunda-feira.

Procuradas, Gerdau e Usiminas informaram que não se pronunciam sobre suas políticas comerciais. Representantes da ArcelorMittal e da Votorantim Siderurgia não puderam comentar o assunto de imediato.

As ações do setor siderúrgico avançavam com força nesta sexta-feira. Gerdau tinha alta de quase 6 por cento, enquanto Usiminas tinha ganho de cerca de 4,5 por cento. CSN disparava 6,4 por cento em meio à expectativa dos distribuidores de que vai acompanhar o movimento de reajustes nos próximos dias.

Em relatório ao mercado, analistas do Santander elevaram preço alvo para as ações da Gerdau no final deste ano de 16 para 20 reais. A recomendação também foi aumentada, passando de "underperform" (abaixo da média do mercado) para "compra".

"A Gerdau confirmou que está aumentando preços de aços longos em cerca de 7 por cento no Brasil. Isso, junto com o impacto do real mais fraco deve permitir que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) continue a crescer nos próximos trimestres, em nossa visão", disseram analistas do Santander no documento.

Os aumentos de preços seguem-se ao anúncio do governo sobre a não renovação do aumento da alíquota do Imposto de Importação a partir de outubro.

No começo deste mês, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a alíquota do tributo, que havia sido elevada para 100 itens no ano passado, será reduzida, numa medida para tentar diminuir o impacto do câmbio na inflação.

As siderúrgicas diminuíram descontos e reajustaram preços no começo do ano, em uma estratégia que ajudou as grandes usinas de capital aberto, Gerdau, Usiminas e CSN, a melhorar seus resultados no segundo trimestre.

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