Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco (Flávio Santana/Biofoto)
Da Redação
Publicado em 25 de julho de 2014 às 11h58.
São Paulo - As medidas anunciadas nesta sexta-feira, 25, pelo Banco Central, dentre elas ajustes no recolhimento dos depósitos compulsórios, são positivas, na visão de Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco.
"Vejo de forma positiva as iniciativas, pois criam condições de aumentar o crédito em alguns segmentos do mercado financeiro onde a liquidez estava menos folgada", destacou ele, em nota.
Os bancos terão, conforme o BC, até R$ 45 bilhões a mais de caixa disponível para novos empréstimos com as novas medidas.
Dentre os segmentos que devem ser beneficiados com as medidas publicadas pela autoridade monetária, está o de pequenas e médias empresas.
Antes, os bancos podiam conceder até R$ 600 mil para esse público e ponderar 75%. Nas novas regras, a régua foi ampliada para R$ 1,5 milhão, ponderando os mesmos 75%.
O BC liberou os bancos para utilizarem até 50% do recolhimento compulsório relativo a depósito a prazo para operações de crédito e ampliou ainda o rol de instituições financeiras elegíveis, de 58 para 134, que poderão vender carteiras para fins de dedução do recolhimento.
Além disso, o regulador reduziu, de R$ 6 bilhões para R$ 3 bilhões, o valor do Patrimônio de Referência, Nível I, das instituições elegíveis para utilizar financiamentos concedidos nos termos da Resolução nº 4.170, de 2012, ou seja, em empréstimos para o Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que abrange bens de capital, máquinas, equipamentos, entre outros.
"Vejo muito bem a alteração na norma de alocação de capital para créditos longos pois torna o capital exigido mais consistente com o risco da operação", acrescentou Setubal.