Economia

Setor público tem superávit primário de R$ 14,24 bi em abril

Analistas previam que o superávit primário ficaria em R$ 16,6 bilhões no mês passado

Informação é do Banco Central (Divulgação/Banco Central)

Informação é do Banco Central (Divulgação/Banco Central)

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Da Redação

Publicado em 31 de maio de 2012 às 11h10.

Brasília - O setor público brasileiro registrou superávit primário de 14,240 bilhões de reais em abril, informou o Banco Central nesta quinta-feira.

Analistas consultados pela Reuters previam que o superávit primário ficaria em 16,6 bilhões de reais no mês passado.

Em 12 meses até abril, ainda segundo o BC, a economia feita para pagamento de juros foi equivalente a 3,11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em março, a economia estava em 3,22 por cento do PIB.

No acumulado do ano, o primário do setor público soma 60,212 bilhões de reais. A meta para o ano é de 139,8 bilhões de reais.

O BC informou também que o déficit nominal ficou em 2,984 bilhões de reais no mês passado. No primeiro quadrimestre, o saldo depois da apropriação de juros está negativo em 15,979 bilhões de reais.

O déficit de abril deveu-se a uma apropriação de juros no valor de 17,224 bilhões de reais. No ano, esse gasto está em 76,191 bilhões de reais.

A dívida líquida pública representou 35,7 por cento do PIB, queda de 0,9 ponto percentual em relação a março principalmente devido à desvalorização cambial de 3,8 por cento no período, de acordo com a nota do BC. Como o Brasil é credor externo, com a valorização do dólar, a dívida líquida diminui.

A dívida bruta do governo geral chegou a 56,8 por cento do PIB, alta de 0,5 ponto sobre março.

Entes federativos

No mês passado, os governos regionais contribuíram com um superávit de 2,767 bilhões de reais, elevando o acumulado do ano para 15,956 bilhões de reais.


Para ativar a economia, o governo tem impulsionado o investimento público, que cresceu 28,9 por cento no primeiro quadrimestre do ano em relação ao mesmo período do ano passado conforme havia antecipado à Reuters o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O governo quer estimular o setor privado a expandir seus investimentos e garantir que a economia cresça mais do que em 2011, quando o PIB teve uma expansão de 2,7 por cento.

Porém, parte da equipe econômica já trabalha com a hipótese de um desempenho pior caso o cenário internacional se agrave com uma saída abrupta da Grécia da zona do euro, por exemplo.

O secretário do Tesouro, Arno Augustin, garantiu na quarta-feira que o governo cumprirá a meta cheia do superávit primário.

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