Economia

Setor público tem superávit de R$ 36,9 bi em outubro, mas dívida cresce para 78,6% do PIB

Dado engloba resultados fiscais da União, estados e municípios

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 09h48.

Última atualização em 29 de novembro de 2024 às 09h49.

O setor público consolidado do Brasil registrou superávit primário (quando se desconta o pagamento dos juros da dívida) de R$ 36,9 bilhões em outubro, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira.

Os dados do setor público consolidado levam em conta os resultados fiscais de União, estados, municípios e empresas estatais (exceto setor financeiro e Petrobras).

O resultado refletiu o superávit de R$39,1 bilhões do governo federal, somado aos déficits de R$ 1,9 bilhão de estados e municípios e de R$ R$360 milhões das estatais.

O superávit é maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, que teve resultado positivo de R$ 14,8 bilhões. No acumulado de 12 meses, o déficit é de R$ 223,5 bilhões, que corresponde a 1,95% do Produto Interno Bruto (PIB).

Ao se considerar o critério nominal, que engloba as despesas com juros da dívida pública, o déficit foi de R$ 74,7 bilhões em outubro.

O resultado acontece em meio a recordes seguidos de arrecadação do governo neste ano. Na última quinta-feira, a Receita Federal anunciou que a arrecadação tributária federal atingiu mais um recorde e somou de R$ 247,9 bilhões em outubro, uma alta de 9,77% já descontada a inflação em relação na comparação com o mesmo período do ano passado.

De janeiro a outubro, a Receita arrecadou R$ 2,1 trilhão, alta de 9,69% ante o mesmo período no ano passado e também é um recorde para os primeiros dez meses do ano.

Dívida bruta

O BC também divulgou o número da dívida bruta do Brasil em outubro, que voltou a subir e atingiu 78,6% do PIB, um crescimento de 0,4 ponto percentual em relação ao mês anterior.

O cálculo leva em conta o governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e governos estaduais e municipais. Este é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores na avaliação da saúde das contas públicas.

Segundo o BC, a variação mensal da dívida bruta foi puxada para cima pelos juros nominais apropriados (alta de 0,7 ponto percentual) do efeito da desvalorização cambial (+0,3 p.p.), do resgate líquido de dívida (-0,1 p.p.). Enquanto isso, o PIB nominal teve redução de 0,5 ponto percentual.

Dívida líquida

A dívida líquida, que desconsidera os ativos do governo, reduziu a 62,1% do PIB em outubro, um recuo de 0,2 ponto percentual em comparação com o mês anterior.

Acompanhe tudo sobre:EconomiaBrasilSuperávit

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor