Esplanada dos Ministérios e o Congresso Nacional, em Brasília (Jefferson Rudy/Agência Senado/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 8 de abril de 2025 às 10h56.
Última atualização em 8 de abril de 2025 às 10h57.
O setor público consolidado registrou um déficit primário (quando se desconta o pagamento dos juros da dívida) de R$ 19 bilhões em fevereiro deste ano, de acordo com dados do Banco Central (BC) divulgados nesta terça-feira, 8.
Os dados do setor público consolidado levam em conta os resultados fiscais de União, estados, municípios e empresas estatais (exceto setor financeiro e Petrobras).
O resultado refletiu o déficit de R$ 28,5 bilhões do governo federal, enquanto os estados e municípios, e estatais registraram superávit respectivamente de R$ 9,2 bilhões e R$ 299 milhões.
No acumulado de 12 meses, o déficit primário chega a R$ 15,885 bilhões, o que representa 0,13% do Produto Interno Bruto (PIB).
Ao se considerar o critério nominal, que engloba as despesas com juros da dívida pública, o déficit foi de R$ 939,8 bilhões em fevereiro.
O BC também divulgou o número da dívida bruta do Brasil em fevereiro, que voltou a subir e atingiu R$ 9 trilhões, o que equivale a 76,2% do PIB, um crescimento de 0,5 ponto percentual em relação ao mês anterior.
O cálculo leva em conta o governo federal, INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e governos estaduais e municipais. Este é um dos principais indicadores econômicos observados pelos investidores na avaliação da saúde das contas públicas.
Segundo o BC, a variação mensal da dívida bruta foi puxada para cima pelos juros nominais apropriados (alta de 0,7 ponto percentual) e pelas emissões líquidas (aumento de 0,1 ponto percentual). Enquanto isso, o PIB nominal teve redução de 0,4 ponto percentual.
Enquanto isso, a dívida líquida, que desconsidera os ativos do governo, reduziu a 61,4% do PIB em fevereiro, um crescimento de 0,3 ponto percentual em comparação com o mês anterior.