Moedas: BC manteve a projeção de déficit nas transações correntes de 2013 em US$ 75 bilhões, equivalentes a 3,35% do PIB (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2013 às 15h18.
Brasília - O resultado das transações correntes seguiu negativo em agosto, com um déficit de US$ 5,505 bilhões, mostram dados do setor externo brasileiro, divulgados pelo Banco Central (BC) na tarde desta terça-feira, 24.
O resultado ficou dentro das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de um saldo negativo de US$ 4,7 bilhões a US$ 8,2 bilhões - a mediana estava em US$ 5,031 bilhões.
Nos oito primeiros meses, o déficit em conta corrente atinge US$ 57,952 bilhões, o que representa 4,01% do Produto Interno Bruto (PIB).
O déficit acumulado em 2013 já é maior do que o resultado negativo total de 2012 (-US$ 54,230 bilhões). No acumulado dos últimos 12 meses até agosto, o saldo negativo está em US$ 80,642 bilhões, ou 3,60% do PIB.
Conforme o relatório do BC, em agosto, o saldo da balança comercial foi positivo em US$ 1,226 bilhão, enquanto a conta de serviços ficou negativa em US$ 4,235 bilhões. A conta de renda também ficou deficitária no mês passado em US$ 2,736 bilhões.
Previsões para o ano
O BC manteve a projeção de déficit nas transações correntes de 2013 em US$ 75 bilhões, equivalentes a 3,35% do PIB, de acordo com o documento.
A autoridade monetária, no entanto, reduziu a expectativa de saldo na balança comercial deste ano, de US$ 7 bilhões para apenas US$ 2 bilhões. O BC diminuiu a previsão de exportações, de US$ 248 bilhões para US$ 241 bilhões, e a estimativa de importações, de US$ 241 bilhões para US$ 239 bilhões.
Ao contrário de comunicados anteriores do BC, a previsão de gastos com viagens internacionais em 2013 aumentou. Embora a autoridade monetária estimasse um arrefecimento desses gastos no segundo semestre, a estimativa para o ano subiu de US$ 16,7 bilhões para US$ 17,2 bilhões.
A previsão de despesas com juros também aumentou, de US$ 13 bilhões para US$ 13,6 bilhões, enquanto a estimativa de remessas de lucros e dividendos para o exterior caiu de US$ 30 bilhões para US$ 24 bilhões.