Economia

Setor de serviços ganha mais força em agosto, mostra PMI

PMI apurado pelo IHS Markit alcançou 49,0 em agosto, de 48,8 em julho, chegando ao nível mais alto em três meses

Serviços: PMI do setor alcançou o nível mais alto em três meses (Multiassistência/Divulgação)

Serviços: PMI do setor alcançou o nível mais alto em três meses (Multiassistência/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 10h15.

São Paulo - A contração da atividade de serviços do Brasil perdeu ainda mais força em agosto com o segundo aumento mensal seguido na entrada de novos trabalhos, e a confiança chegando ao melhor nível em quase um ano, mostraram dados da pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta terça-feira.

O PMI apurado pelo IHS Markit alcançou 49,0 em agosto, de 48,8 em julho, chegando ao nível mais alto em três meses. Entretanto, permanece abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração.

Os entrevistados na pesquisa citaram um maior número de pedidos de clientes e registros de reservas, e com isso o volume de entrada de novos trabalhos aumentou pela segunda vez seguida, com destaque para as categorias de Intermediação Financeira, Correios e Telecomunicações e Outros Serviços.

Parte dessa recuperação teve como pano de fundo os preços mais baixos no setor de serviços, com as empresas oferecendo descontos apesar do aumento na inflação de insumos.

Os preços mais altos dos combustíveis, de serviços de impressão, aluguel e energia foram considerados os responsáveis pelos custos médios dos insumos terem atingido o nível mais alto em sete meses.

O cenário manteve os empregadores buscando reduzir os custos operacionais, e isso os levou a cortar vagas pelo 30º mês seguido em agosto, no ritmo mais rápido desde maio.

Ao mesmo tempo, os empresários do setor industrial mantiveram em agosto a visão otimista em relação às perspectivas de crescimento, no nível mais alto em 11 meses.

Quase 62 por cento dos entrevistados relataram expectativas positivas para os negócios daqui a um ano, com previsões de condições melhores de mercado, novas propostas, maiores investimentos e taxas menores de juros.

"A melhora nas expectativas futuras dos fornecedores de serviços...é uma notícia positiva, embora o cenário geral ainda seja o de um caminho turbulento para a prosperidade econômica", alertou a economistas do IHS Markit Pollyanna De Lima.

Com esse resultado do setor de serviços e o retorno da indústria ao território de crescimento em agosto, o PMI Composto do Brasil foi à máxima de três meses de 49,6 em agosto, de 49,4 em julho.

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