Economia

Setor de serviços cresce 2,9% em agosto sobre julho, diz IBGE

Na comparação com o mês de agosto do ano passado, o indicador sofreu a sexta queda consecutiva, de 10%

Em 12 meses, o setor de serviços registra queda de 5,3%, a mais elevada desde dezembro de 2012 (Amanda Perobelli/Reuters)

Em 12 meses, o setor de serviços registra queda de 5,3%, a mais elevada desde dezembro de 2012 (Amanda Perobelli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de outubro de 2020 às 10h49.

Última atualização em 14 de outubro de 2020 às 10h52.

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu 2,9% em agosto sobre o mês anterior, na terceira alta mensal do indicador, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o indicador sofreu a sexta queda consecutiva, de 10%.

O desempenho do setor que responde por cerca de 60% do PIB do país veio um pouco melhor do que as expectativas de analistas que apontavam para uma alta mensal de 2,3% e um recuo anual de 10,7%, segundo pesquisa Reuters.

Em 12 meses, no entanto, o setor de serviços ainda tem queda de 5,3%, a mais elevada da série, que teve início em dezembro de 2012. E a alta acumulada desde junho, de 11,2%, não foi suficiente para recuperar as perdas de 19,8% registradas de fevereiro a maio.

O crescimento do setor em agosto sobre julho teve o impulso de um aumento recorde de 33,3% nos serviços prestados às famílias, setor fortemente baqueado pelas medidas de contenção da disseminação do vírus da Covid-19 e que este mês teve seu desempenho puxado por restaurantes e hotéis, segundo o IBGE.

Na comparação com agosto, os serviços prestados às famílias (-43,8%), os serviços profissionais, administrativos e complementares (-14,0%) e os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-8,5%) foram as principais influências negativas.

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